Nos últimos dias ocorreram encontros de representantes do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) com dirigentes de entidades sindicais representativas da categoria bancária. Segundo consta de matérias veiculadas nos sites de algumas dessas entidades, nessas ocasiões o BNB apresentou um plano de gestão o qual contempla os seguintes aspectos: (re)classificação de agências; readequação de agências, que na realidade representa o fechamento de 19 unidades e a não abertura de seis que estavam prestes a funcionar, totalizando 25; alteração no plano de funções, com a extinção e criação de funções; e uma política de incentivo à aposentadoria direcionada para funcionários que adquiriram a elegibilidade ao INSS até dezembro de 2016.
Em decorrência disso, e não poderia ser diferente, as preocupações dos trabalhadores de todos os setores do Banco, mas sobretudo das agências relacionadas para a desmobilização, têm se intensificado. A cada momento chegam à AFBNB indagações, questionamentos, dúvidas e algo mais do ramo, que na verdade expressam o clima de terror e de insegurança por que estão passando os funcionários. O momento, portanto, exige do Banco transparência e democracia na condução dos referidos processos.
Por reiteradas vezes a AFBNB se dirigiu ao Banco neste sentido, tendo posto seu posicionamento por meio de notas e ofícios, matérias em jornais, participação em manifestações e em reuniões, fóruns e in loco com a base quando de suas visitas às agências. Assim, cabe ratificar o entendimento da Associação contrário a toda e qualquer medida que traga no seu bojo prejuízos aos funcionários, à instituição, à sociedade e ao erário, o que na leitura da entidade ocorre com as medidas anunciadas tanto pela forma como pelo impacto que as mesmas representam na atual conjuntura.
A AFBNB ratifica seu entendimento de que as medidas apresentadas no plano de gestão do Banco são equivocadas, caracterizando-se como revés estratégico, estando as mesmas no contexto da política de desmonte dos bancos públicos e de outros órgãos estatais, levada a efeito pelo governo de Michel Temer, inspirada na visão neoliberal de “estado mínimo”, como forma de abrir espaço ao capital privado em detrimento do bem estar social e econômico da Nação.
Diante desse contexto, a saída que se visualiza é a participação e o diálogo com todos os setores da sociedade, e sobretudo o entendimento de que a reversão de atos dessa natureza passa necessariamente pela participação, mobilização e organização dos trabalhadores e da sociedade. O BNB não é um banco qualquer e deve ser tratado de maneira diferenciada pela importante missão de fomento que traz em sua natureza. Todas essas alterações vão na contramão do que defendemos, que é um banco forte, de grande inserção na sociedade e que contribua efetivamente para a redução das desigualdades sociais. Por isso, a vigilância deve ser constante e a mobilização permanente.
Não ao desmonte dos bancos públicos e demais órgãos estatais!
Não ao fechamento de agências!
Nenhum direito a menos!
AFBNB, 31 anos ao lado dos trabalhadores.
Gestão Unidade e Luta.
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