Foi-se o tempo em que assédio moral era uma triste realidade apenas nos bancos privados. Os bancos públicos têm cada dia mais sido motivo de denúncias de bancários ao Sindicato. 

Recebemos uma denúncia de assédio moral praticado pelo gerente-geral da agência Nova Cruz, na qual um funcionário relata uma série de fatos desagradáveis envolvendo, não só ele, mas também outros colegas da Caixa e prestadores de serviços.  Num episódio recente, o gerente chegou a pôr firmemente a mão no peito do colega e com o dedo em riste falou: “eu não vou admitir revoltazinha não, quem manda aqui sou eu e eu posso lhe transferir pra onde eu quiser”. Há também relato de que em outro momento ele falou: “funcionário eu transfiro e prestador eu substituo, quem manda sou eu”.

As denúncias são muitas. Entre elas as de que o gerente não tem um relacionamento cortês e educado com os seus colegas, usa regularmente palavras de baixo calão e prometeu “levar muita gente pro inferno junto comigo”, caso perca a função de gerente-geral por baixo desempenho da Unidade. Há também reclamações dos colegas com relação à programação de férias entre outras coisas.

Os diretores do Sindicato conversaram com os colegas naquela agência e vários confirmaram que o clima organizacional não é bom e que ocorreram alguns atritos recentemente. 

O gerente nos procurou para conversar sobre a denúncia e afirmou que elas não são pertinentes, que trata todos com respeito e educação. Disse que tem o hábito de conversar com as pessoas tocando-as e que, de fato, costuma usar os palavrões mais comuns do dia a dia, mas não para agredir moralmente as pessoas. 

Como o gestor não admite a prática do assédio, o Sindicato acompanhará mais de perto os acontecimentos naquela agência e, caso constate a prática do assédio moral, tomará as medidas judiciais e políticas cabíveis.