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Encargo trabalhista soma 25%, diz levantamento do Dieese

28/07/11

SÃO PAULO (SP) - Segundo um levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os encargos trabalhistas representam apenas 25% sobre os salários pagos aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A pesquisa vem desmistificar a tese defendida e bastante alardeada pelos empresários de que o salário de cada empregado custa mais que o dobro para os empregadores.

A falsa informação vem sendo tão divulgada pela grande mídia e também através dos consultores das empresas, que até é repetida pela maioria dos assalariados, que desconhece a realidade.

De acordo com os empresários, os encargos custariam 102% a mais que o salário propriamente dito. O erro consiste em que eles consideram como encargo algo que, na verdade, é salário. Como por exemplo, repouso salarial remunerado, férias remuneradas, adicional de 1/3 sobre as férias, feriados, 13º salário, aviso prévio em caso de demissão sem justa causa, multa sobre o FGTS e parcela do auxílio-doença paga pelo empregador.

Para o Dieese e para o movimento sindical, tudo isso é salário porque compõe o rendimento do trabalhador e devem ser considerados encargos sociais aqueles que são repassados para o governo e também para entidades empresariais como Sesi, Senai, Sesc e outros, com o objetivo inicial de financiar programas universais como INSS, seguro acidentes do trabalho, salário educação, Incra, etc. Estes encargos, aplicados sobre o salário, representam 25,1% e jamais 102%.