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Bancária reintegrada ao Itaú orienta colegas a nunca desistirem de lutar

13/01/12


Anaíra Ionara de Oliveira Santos Fernandes, 33 anos, tem uma história semelhante a de milhares de bancários do país. Funcionária do Itaú, desde a época do Unibanco, foi demitida sem justa causa pelo Banco em 2011. Anaíra tem marido, dois filhos e uma casa que ajuda a sustentar. Uma bancária que dedicou nove anos de sua vida a uma empresa que ignorou, inclusive, uma doença adquirida por ela no ambiente de trabalho. Na época Anaíra foi demitida numa leva de sete funcionários que o Itaú resolveu colocar para fora.


A diferença da história de Anaíra Fernandes para  a maioria de outras histórias de bancários é que ela acreditou no Sindicato. E desde dezembro, data de sua reintegração, Anaíra voltou a trabalhar como chefe de serviço do Banco, função que desempenhava quando foi mandada embora.



Assim que recebeu a demissão, em 13 de abril de 2011, logo que chegou na Empresa, Anaíra se sentiu desnorteada. E depois que a ficha caiu decidiu procurar o Sindicato. “Me disseram que eu não tinha me adequado ao perfil do Itaú. A primeira reação da gente numa hora dessas é de não voltar a trabalhar mais, só que a ficha cai e aí você vê sua situação financeira, os dois filhos que tem em casa, a família. E procurei o Sindicato”, afirmou.



Orientada pelas diretoras Izolda Capistrano e Albertina Bertino, a bancária procurou um ortopedista que detectou a bursite. Anaíra foi encaminhada para a perícia do Banco, mas o médico do Itaú se recusou a dizer que ela estava inapta ao trabalho. Depois de dois meses na perícia do INSS, que reconheceu o acidente de trabalho, contou apenas com o apoio do Sindicato. Seis meses depois conseguiu a reintegração. “Foi um sufoco grande, o marido teve que segurar a barra, minha família também ajudou. No dia em que saiu a sentença foi um misto de alívio, felicidade e justiça”, lembra.