A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, devem anunciar às 14h30 desta quarta-feria (15) os cortes no Orçamento de 2012 em entrevista coletiva, informou a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento. 


Segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o governo brasileiro irá cortar cerca de R$ 50 bilhões em gastos em seu Orçamento de 2012 para ajudar a cumprir suas metas fiscais.


 "Será algo em torno de R$ 50 bilhões para este ano, talvez um pouco mais", afirmou Pimentel à Reuters durante visita oficial a Dubai. "Todo ano o governo anuncia um contingenciamento do Orçamento no começo do ano; é uma medida de precaução." 


Ele acrescentou: "Nós estamos mantendo nossa dívida pública sob rigoroso controle para evitar o que aconteceu na Europa. É por isso que há um contingenciamento preventivo do Orçamento como esse." 


Um contingenciamento de R$ 50 bilhões equivaleria a 3% do Orçamento deste ano, excluindo os gastos de refinanciamento, e teria o mesmo tamanho do contingenciamento anunciado no ano passado. 


Indústria   


Espera-se que a produção industrial brasileira se recupere neste ano, afirmou Pimentel, após um pequeno crescimento de apenas 0,3% no ano passado. 


"Nós achamos que (o crecimento de) 0,3% do ano passado foi muito pouco, nós queremos crescer muito mais rápido do que isso, mas é difícil prever porque nós estamos em meio a um cenário internacional de crise." 


"Nós estamos trabalhando com um número entre 1,5% e 2% este ano." 


Pimentel afirmou que o governo desenvolverá mais medidas para estimular as exportações e que também planeja novas regras para incentivar a inovação na indústria automobilística e na produção local de autopeças. 


"O Brasil não tem empresas brasileiras de carros -todas são multinacionais. Nós queremos que elas comprem suas peças no Brasil", afirmou, sem dar mais detalhes. 


No começo deste mês, Pimentel afirmou que o Brasil queria renegociar ou finalizar um antigo acordo com o México, que mantém o comércio automotivo deles livre de tarifas. O Brasil quer que o México compre mais ônibus e caminhões. 


Em negociações com autoridades chinesas nesta semana, autoridades brasileiras pediram à China uma redução voluntária nas exportações para o Brasil de produtos do setor têxtil, de sapatos e eletrônicos, por exemplo, para protejer os manufatureiros brasileiros. Questionado sobre isso, Pimentel disse: 


"Esse é um ponto sensível na economia brasileira, e foi isso que nós explicamos para a delegação chinesa." 


"Nós ainda estamos no processo de negociação. Nós queremos relacionamentos de longo prazo com a China, que precisa ajustar os interesses estratégicos dos dois países e reduzir as tensões locais." 


Sem renúncia   


Pimentel, membro do Partido dos Trabalhadores (PT), o mesmo da presidente Dilma Rousseff, reiterou que não irá renunciar devido à pressão da oposição para explicar sua fortuna pessoal. Vários membros do gabinete de Dilma renunciaram após alegações de corrupção, desde que ela assumiu a presidência em janeiro do ano passado. 


"Há questionamentos, pois eu tinha atividades empresariais antes de assumir o cargo de ministro. A oposição questiona se essa atividade não era um conflito de interesses." 


"Eu me manterei no cargo", afirmou Pimentel, que negou consistentemente qualquer irregularidade. 


(Com informações da Reuters)

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Segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o governo brasileiro irá cortar cerca de R$ 50 bilhões em gastos em seu Orçamento de 2012 para ajudar a cumprir suas metas fiscais.


 "Será algo em torno de R$ 50 bilhões para este ano, talvez um pouco mais", afirmou Pimentel à Reuters durante visita oficial a Dubai. "Todo ano o governo anuncia um contingenciamento do Orçamento no começo do ano; é uma medida de precaução." 


Ele acrescentou: "Nós estamos mantendo nossa dívida pública sob rigoroso controle para evitar o que aconteceu na Europa. É por isso que há um contingenciamento preventivo do Orçamento como esse." 


Um contingenciamento de R$ 50 bilhões equivaleria a 3% do Orçamento deste ano, excluindo os gastos de refinanciamento, e teria o mesmo tamanho do contingenciamento anunciado no ano passado. 


Indústria   


Espera-se que a produção industrial brasileira se recupere neste ano, afirmou Pimentel, após um pequeno crescimento de apenas 0,3% no ano passado. 


"Nós achamos que (o crecimento de) 0,3% do ano passado foi muito pouco, nós queremos crescer muito mais rápido do que isso, mas é difícil prever porque nós estamos em meio a um cenário internacional de crise." 


"Nós estamos trabalhando com um número entre 1,5% e 2% este ano." 


Pimentel afirmou que o governo desenvolverá mais medidas para estimular as exportações e que também planeja novas regras para incentivar a inovação na indústria automobilística e na produção local de autopeças. 


"O Brasil não tem empresas brasileiras de carros -todas são multinacionais. Nós queremos que elas comprem suas peças no Brasil", afirmou, sem dar mais detalhes. 


No começo deste mês, Pimentel afirmou que o Brasil queria renegociar ou finalizar um antigo acordo com o México, que mantém o comércio automotivo deles livre de tarifas. O Brasil quer que o México compre mais ônibus e caminhões. 


Em negociações com autoridades chinesas nesta semana, autoridades brasileiras pediram à China uma redução voluntária nas exportações para o Brasil de produtos do setor têxtil, de sapatos e eletrônicos, por exemplo, para protejer os manufatureiros brasileiros. Questionado sobre isso, Pimentel disse: 


"Esse é um ponto sensível na economia brasileira, e foi isso que nós explicamos para a delegação chinesa." 


"Nós ainda estamos no processo de negociação. Nós queremos relacionamentos de longo prazo com a China, que precisa ajustar os interesses estratégicos dos dois países e reduzir as tensões locais." 


Sem renúncia   


Pimentel, membro do Partido dos Trabalhadores (PT), o mesmo da presidente Dilma Rousseff, reiterou que não irá renunciar devido à pressão da oposição para explicar sua fortuna pessoal. Vários membros do gabinete de Dilma renunciaram após alegações de corrupção, desde que ela assumiu a presidência em janeiro do ano passado. 


"Há questionamentos, pois eu tinha atividades empresariais antes de assumir o cargo de ministro. A oposição questiona se essa atividade não era um conflito de interesses." 


"Eu me manterei no cargo", afirmou Pimentel, que negou consistentemente qualquer irregularidade. 


(Com informações da Reuters)

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Notícias

Governo anuncia cortes no Orçamento nesta quarta; ministro fala em R$ 50 bi

15/02/12

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, devem anunciar às 14h30 desta quarta-feria (15) os cortes no Orçamento de 2012 em entrevista coletiva, informou a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento. 


Segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o governo brasileiro irá cortar cerca de R$ 50 bilhões em gastos em seu Orçamento de 2012 para ajudar a cumprir suas metas fiscais.


 "Será algo em torno de R$ 50 bilhões para este ano, talvez um pouco mais", afirmou Pimentel à Reuters durante visita oficial a Dubai. "Todo ano o governo anuncia um contingenciamento do Orçamento no começo do ano; é uma medida de precaução." 


Ele acrescentou: "Nós estamos mantendo nossa dívida pública sob rigoroso controle para evitar o que aconteceu na Europa. É por isso que há um contingenciamento preventivo do Orçamento como esse." 


Um contingenciamento de R$ 50 bilhões equivaleria a 3% do Orçamento deste ano, excluindo os gastos de refinanciamento, e teria o mesmo tamanho do contingenciamento anunciado no ano passado. 


Indústria   


Espera-se que a produção industrial brasileira se recupere neste ano, afirmou Pimentel, após um pequeno crescimento de apenas 0,3% no ano passado. 


"Nós achamos que (o crecimento de) 0,3% do ano passado foi muito pouco, nós queremos crescer muito mais rápido do que isso, mas é difícil prever porque nós estamos em meio a um cenário internacional de crise." 


"Nós estamos trabalhando com um número entre 1,5% e 2% este ano." 


Pimentel afirmou que o governo desenvolverá mais medidas para estimular as exportações e que também planeja novas regras para incentivar a inovação na indústria automobilística e na produção local de autopeças. 


"O Brasil não tem empresas brasileiras de carros -todas são multinacionais. Nós queremos que elas comprem suas peças no Brasil", afirmou, sem dar mais detalhes. 


No começo deste mês, Pimentel afirmou que o Brasil queria renegociar ou finalizar um antigo acordo com o México, que mantém o comércio automotivo deles livre de tarifas. O Brasil quer que o México compre mais ônibus e caminhões. 


Em negociações com autoridades chinesas nesta semana, autoridades brasileiras pediram à China uma redução voluntária nas exportações para o Brasil de produtos do setor têxtil, de sapatos e eletrônicos, por exemplo, para protejer os manufatureiros brasileiros. Questionado sobre isso, Pimentel disse: 


"Esse é um ponto sensível na economia brasileira, e foi isso que nós explicamos para a delegação chinesa." 


"Nós ainda estamos no processo de negociação. Nós queremos relacionamentos de longo prazo com a China, que precisa ajustar os interesses estratégicos dos dois países e reduzir as tensões locais." 


Sem renúncia   


Pimentel, membro do Partido dos Trabalhadores (PT), o mesmo da presidente Dilma Rousseff, reiterou que não irá renunciar devido à pressão da oposição para explicar sua fortuna pessoal. Vários membros do gabinete de Dilma renunciaram após alegações de corrupção, desde que ela assumiu a presidência em janeiro do ano passado. 


"Há questionamentos, pois eu tinha atividades empresariais antes de assumir o cargo de ministro. A oposição questiona se essa atividade não era um conflito de interesses." 


"Eu me manterei no cargo", afirmou Pimentel, que negou consistentemente qualquer irregularidade. 


(Com informações da Reuters)