Itaú considerou “mau procedimento” o fato de funcionárias abrirem cofre para bandidos armados.



A carreira profissional de duas bancárias com quase duas décadas de serviços prestados ao foi dada como encerrada pela direção da instituição depois que ambas, rendidas por ladrões e com parentes sob domínio de criminosos armados, foram obrigadas a entregar o dinheiro guardado no cofre de uma agência de Contagem, na região metropolitana.






Atitude de vítimas evitou uma tragédia, diz delegado



Segundo o delegado, no boletim de ocorrência do crime, consta que a família da ex-gerente foi levada para um cativeiro em Betim, na região metropolitana, onde passou a madrugada sob domínio dos bandidos, enquanto a bancária era mantida, sozinha, em casa com um outro ladrão armado. Até hoje, ninguém foi preso. (NO)

Saiba mais

Apoio. O sindicato dos bancários fez um protesto, ontem, em frente à agência do Itaú em Contagem. A categoria cobra mais segurança para os funcionários de banco. 

Bando. No ano passado, a Polícia Civil prendeu seis quadrilhas que praticavam esse tipo de crime.





O que o banco alegou quando demitiu a senhora?
A empresa nos demitiu, alegando que não deveríamos ter entregado o dinheiro aos ladrões. A minha família estava refém de criminosos e o banco preferia preservar o dinheiro. Como a Rita me ajudou a abrir o cofre, ela também foi demitida.


Há quanto tempo a senhora trabalhava no banco Itaú?
Trabalhei em várias agências do Itaú durante 18 anos e faltavam apenas quatro para que eu me aposentasse. Ainda tenho esperança de voltar. Pretendia aposentar lá como gerente.


A senhora tinha outra fonte de renda, além do trabalho como gerente?
O emprego como gerente era minha única fonte de renda. Meu marido trabalha, mas somente a renda dele é pouco pelos nossos gastos. Nosso plano de saúde foi cortado e estamos precisando de atendimento psicológico.


O que mudou na vida da senhora após o assalto e a demissão?
Nós tivemos que mudar de casa. Eu não tinha mais condições de morar no mesmo lugar e, agora, estamos pagando aluguel. Os gastos aumentaram e meu marido e meus filhos também estão muito abalados. Nós precisamos de um acompanhamento psicológico. Durante o sequestro, os bandidos falavam o tempo todo de intimidades da minha família. Isso ainda me deixa muito preocupada.


O banco amparou a senhora e a sua família psicologicamente em algum momento?
Nunca. Eu pedi ajuda, mas eles disseram que não cabia ao banco o auxílio. (NO)



Fonte: Jornal O Tempo 08/02/2012


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Itaú considerou “mau procedimento” o fato de funcionárias abrirem cofre para bandidos armados.



A carreira profissional de duas bancárias com quase duas décadas de serviços prestados ao foi dada como encerrada pela direção da instituição depois que ambas, rendidas por ladrões e com parentes sob domínio de criminosos armados, foram obrigadas a entregar o dinheiro guardado no cofre de uma agência de Contagem, na região metropolitana.






Atitude de vítimas evitou uma tragédia, diz delegado



Segundo o delegado, no boletim de ocorrência do crime, consta que a família da ex-gerente foi levada para um cativeiro em Betim, na região metropolitana, onde passou a madrugada sob domínio dos bandidos, enquanto a bancária era mantida, sozinha, em casa com um outro ladrão armado. Até hoje, ninguém foi preso. (NO)

Saiba mais

Apoio. O sindicato dos bancários fez um protesto, ontem, em frente à agência do Itaú em Contagem. A categoria cobra mais segurança para os funcionários de banco. 

Bando. No ano passado, a Polícia Civil prendeu seis quadrilhas que praticavam esse tipo de crime.





O que o banco alegou quando demitiu a senhora?
A empresa nos demitiu, alegando que não deveríamos ter entregado o dinheiro aos ladrões. A minha família estava refém de criminosos e o banco preferia preservar o dinheiro. Como a Rita me ajudou a abrir o cofre, ela também foi demitida.


Há quanto tempo a senhora trabalhava no banco Itaú?
Trabalhei em várias agências do Itaú durante 18 anos e faltavam apenas quatro para que eu me aposentasse. Ainda tenho esperança de voltar. Pretendia aposentar lá como gerente.


A senhora tinha outra fonte de renda, além do trabalho como gerente?
O emprego como gerente era minha única fonte de renda. Meu marido trabalha, mas somente a renda dele é pouco pelos nossos gastos. Nosso plano de saúde foi cortado e estamos precisando de atendimento psicológico.


O que mudou na vida da senhora após o assalto e a demissão?
Nós tivemos que mudar de casa. Eu não tinha mais condições de morar no mesmo lugar e, agora, estamos pagando aluguel. Os gastos aumentaram e meu marido e meus filhos também estão muito abalados. Nós precisamos de um acompanhamento psicológico. Durante o sequestro, os bandidos falavam o tempo todo de intimidades da minha família. Isso ainda me deixa muito preocupada.


O banco amparou a senhora e a sua família psicologicamente em algum momento?
Nunca. Eu pedi ajuda, mas eles disseram que não cabia ao banco o auxílio. (NO)



Fonte: Jornal O Tempo 08/02/2012


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Notícias

Bancárias são demitidas por entregarem dinheiro a ladrão.

15/02/12

Itaú considerou “mau procedimento” o fato de funcionárias abrirem cofre para bandidos armados.



A carreira profissional de duas bancárias com quase duas décadas de serviços prestados ao foi dada como encerrada pela direção da instituição depois que ambas, rendidas por ladrões e com parentes sob domínio de criminosos armados, foram obrigadas a entregar o dinheiro guardado no cofre de uma agência de Contagem, na região metropolitana.






Atitude de vítimas evitou uma tragédia, diz delegado



Segundo o delegado, no boletim de ocorrência do crime, consta que a família da ex-gerente foi levada para um cativeiro em Betim, na região metropolitana, onde passou a madrugada sob domínio dos bandidos, enquanto a bancária era mantida, sozinha, em casa com um outro ladrão armado. Até hoje, ninguém foi preso. (NO)

Saiba mais

Apoio. O sindicato dos bancários fez um protesto, ontem, em frente à agência do Itaú em Contagem. A categoria cobra mais segurança para os funcionários de banco. 

Bando. No ano passado, a Polícia Civil prendeu seis quadrilhas que praticavam esse tipo de crime.





O que o banco alegou quando demitiu a senhora?
A empresa nos demitiu, alegando que não deveríamos ter entregado o dinheiro aos ladrões. A minha família estava refém de criminosos e o banco preferia preservar o dinheiro. Como a Rita me ajudou a abrir o cofre, ela também foi demitida.


Há quanto tempo a senhora trabalhava no banco Itaú?
Trabalhei em várias agências do Itaú durante 18 anos e faltavam apenas quatro para que eu me aposentasse. Ainda tenho esperança de voltar. Pretendia aposentar lá como gerente.


A senhora tinha outra fonte de renda, além do trabalho como gerente?
O emprego como gerente era minha única fonte de renda. Meu marido trabalha, mas somente a renda dele é pouco pelos nossos gastos. Nosso plano de saúde foi cortado e estamos precisando de atendimento psicológico.


O que mudou na vida da senhora após o assalto e a demissão?
Nós tivemos que mudar de casa. Eu não tinha mais condições de morar no mesmo lugar e, agora, estamos pagando aluguel. Os gastos aumentaram e meu marido e meus filhos também estão muito abalados. Nós precisamos de um acompanhamento psicológico. Durante o sequestro, os bandidos falavam o tempo todo de intimidades da minha família. Isso ainda me deixa muito preocupada.


O banco amparou a senhora e a sua família psicologicamente em algum momento?
Nunca. Eu pedi ajuda, mas eles disseram que não cabia ao banco o auxílio. (NO)



Fonte: Jornal O Tempo 08/02/2012