Fonte:Valor Econômico



O grande avanço dos bancos públicos no crédito obscureceu sua perda geral de peso no sistema financeiro. Eles alcançaram 43% dos empréstimos bancários em 2011, mas em ativos, patrimônio líquido e depósitos cederam espaço aos grandes bancos privados nacionais. Já os bancos estrangeiros voltaram no tempo e retrocederam quase uma década e meia em participação de mercado, retornando à situação existente após o desembarque do HSBC, que adquiriu o Bamerindus em 1996. A crise nos EUA e na Europa acelerou essa perda de fôlego diante dos grandes concorrentes locais.



O patrimônio dos bancos públicos encolheu dois pontos percentuais, para 14,6%, enquanto nos privados nacionais houve expansão de 16,4%. O Banco do Brasil está com índice de Basileia - indicador usado pelas autoridades para medir a capacidade de empréstimos dos bancos - de 14%, acima dos 11% mínimos exigidos, mas abaixo de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. A Caixa tem 13%.



Se considerado o patrimônio líquido, a fatia dos estrangeiros na soma total das instituições que operam no Brasil caiu de 33,62% para 19,17% nos últimos dez anos. Foi a maior redução entre os itens analisados pelo Banco Central: patrimônio, operações de crédito, ativos e depósitos. Nos empréstimos, a perda foi de 12,9 pontos percentuais, encerrando 2011 em 17,58%.



Não foram poucos os casos de debandada do Brasil. O Royal Bank of Scotland (RBS) anunciou sua saída do país em outubro, só quatro meses após receber a licença para operar. O WestLB divulgou que, como parte de uma reestruturação dos bancos estatais da Alemanha, está colocando todos os seus ativos à venda, inclusive a unidade brasileira.



Mesmo Santander e HSBC, os dois principais bancos europeus de varejo com presença no Brasil, foram afetados pelos problemas nas matrizes. O Santander desacelerou nos últimos dois anos a expansão da carteira de crédito. O HSBC já tentou se desfazer de alguns ativos, como a financeira Losango, e das carteiras de financiamento a veículos e de crédito consignado para não correntistas.



Na avaliação do BC, a demanda de bancos asiáticos e americanos por licenças para operar no país pode compensar essa debandada. Novos bancos nacionais também podem abocanhar esse espaço deixado para trás.


"> Fonte:Valor Econômico



O grande avanço dos bancos públicos no crédito obscureceu sua perda geral de peso no sistema financeiro. Eles alcançaram 43% dos empréstimos bancários em 2011, mas em ativos, patrimônio líquido e depósitos cederam espaço aos grandes bancos privados nacionais. Já os bancos estrangeiros voltaram no tempo e retrocederam quase uma década e meia em participação de mercado, retornando à situação existente após o desembarque do HSBC, que adquiriu o Bamerindus em 1996. A crise nos EUA e na Europa acelerou essa perda de fôlego diante dos grandes concorrentes locais.



O patrimônio dos bancos públicos encolheu dois pontos percentuais, para 14,6%, enquanto nos privados nacionais houve expansão de 16,4%. O Banco do Brasil está com índice de Basileia - indicador usado pelas autoridades para medir a capacidade de empréstimos dos bancos - de 14%, acima dos 11% mínimos exigidos, mas abaixo de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. A Caixa tem 13%.



Se considerado o patrimônio líquido, a fatia dos estrangeiros na soma total das instituições que operam no Brasil caiu de 33,62% para 19,17% nos últimos dez anos. Foi a maior redução entre os itens analisados pelo Banco Central: patrimônio, operações de crédito, ativos e depósitos. Nos empréstimos, a perda foi de 12,9 pontos percentuais, encerrando 2011 em 17,58%.



Não foram poucos os casos de debandada do Brasil. O Royal Bank of Scotland (RBS) anunciou sua saída do país em outubro, só quatro meses após receber a licença para operar. O WestLB divulgou que, como parte de uma reestruturação dos bancos estatais da Alemanha, está colocando todos os seus ativos à venda, inclusive a unidade brasileira.



Mesmo Santander e HSBC, os dois principais bancos europeus de varejo com presença no Brasil, foram afetados pelos problemas nas matrizes. O Santander desacelerou nos últimos dois anos a expansão da carteira de crédito. O HSBC já tentou se desfazer de alguns ativos, como a financeira Losango, e das carteiras de financiamento a veículos e de crédito consignado para não correntistas.



Na avaliação do BC, a demanda de bancos asiáticos e americanos por licenças para operar no país pode compensar essa debandada. Novos bancos nacionais também podem abocanhar esse espaço deixado para trás.


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Notícias

Bancos públicos e externos perdem peso no mercado

29/03/12

Fonte:Valor Econômico



O grande avanço dos bancos públicos no crédito obscureceu sua perda geral de peso no sistema financeiro. Eles alcançaram 43% dos empréstimos bancários em 2011, mas em ativos, patrimônio líquido e depósitos cederam espaço aos grandes bancos privados nacionais. Já os bancos estrangeiros voltaram no tempo e retrocederam quase uma década e meia em participação de mercado, retornando à situação existente após o desembarque do HSBC, que adquiriu o Bamerindus em 1996. A crise nos EUA e na Europa acelerou essa perda de fôlego diante dos grandes concorrentes locais.



O patrimônio dos bancos públicos encolheu dois pontos percentuais, para 14,6%, enquanto nos privados nacionais houve expansão de 16,4%. O Banco do Brasil está com índice de Basileia - indicador usado pelas autoridades para medir a capacidade de empréstimos dos bancos - de 14%, acima dos 11% mínimos exigidos, mas abaixo de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. A Caixa tem 13%.



Se considerado o patrimônio líquido, a fatia dos estrangeiros na soma total das instituições que operam no Brasil caiu de 33,62% para 19,17% nos últimos dez anos. Foi a maior redução entre os itens analisados pelo Banco Central: patrimônio, operações de crédito, ativos e depósitos. Nos empréstimos, a perda foi de 12,9 pontos percentuais, encerrando 2011 em 17,58%.



Não foram poucos os casos de debandada do Brasil. O Royal Bank of Scotland (RBS) anunciou sua saída do país em outubro, só quatro meses após receber a licença para operar. O WestLB divulgou que, como parte de uma reestruturação dos bancos estatais da Alemanha, está colocando todos os seus ativos à venda, inclusive a unidade brasileira.



Mesmo Santander e HSBC, os dois principais bancos europeus de varejo com presença no Brasil, foram afetados pelos problemas nas matrizes. O Santander desacelerou nos últimos dois anos a expansão da carteira de crédito. O HSBC já tentou se desfazer de alguns ativos, como a financeira Losango, e das carteiras de financiamento a veículos e de crédito consignado para não correntistas.



Na avaliação do BC, a demanda de bancos asiáticos e americanos por licenças para operar no país pode compensar essa debandada. Novos bancos nacionais também podem abocanhar esse espaço deixado para trás.