Lançamento de O Teatro da Morte e da Vida – A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto,
livro do jornalista Francisco Israel de Carvalho.

 



 


Acontece no dia 21 de junho (quinta-feira), a partir das 18:00 horas, na Cooperativa Cultural Universitária do Campus da UFRN, o lançamento do livro O teatro da morte e da vida” – A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto, um recorte sobre o poema-peça Morte e Vida Severina, sob a perspectiva do barroco, de autoria do jornalista Francisco Israel de Carvalho, editado numa parceria do Programa Cultura da Gente do Banco do Nordeste e da Editora Appris  - Curitiba-PR.


Segundo o autor, o livro é o resultado dos estudos e pesquisas realizadas já na graduação de Letras e Especialização em Literatura Brasileira culminando com a dissertação de mestrado em Estudos da Linguagem, do Departamento de Letras da UFRN.


 A poética de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) espelha as ambiguidades alegóricas do ser, nas camadas sígnicas do devir. Ao mesmo tempo em que desdobra, ao infinito as possibilidades de apreensão do trajeto humano. Morte e vida Severina – O Auto de Natal Pernambucano, poema-peça escrita a pedido de Maria Clara Machado entre 1954-1955, talvez a obra mais conhecida de João Cabral, vista pelo prisma do Barroco ou Neobarroco com todas as categorias estéticas que perpassam essa visão de mundo, tais como o jogo de contrastes, o embate de paradoxos, a própria circularidade do desejo e o permanente conflito que estabelece entre vida x morte x vida, traduz a dramaticidade do caminhar solitário do homem, um caminho pautado nas volutas barrocas, muitas delas permeadas pelo grotesco, pela ironia, pelo humor, pelo transbordamento (paradoxalmente) metafórico de um poeta visceralmente cerebral, um poeta construtor (engenheiro-pedreiro) da linguagem, como é o caso de João Cabral de Melo  Neto.


A morte que vem antes da vida e persegue o personagem Severino durante toda a sua caminhada, fugindo da morte antes dos trinta,  fazendo sua caminhada desde a Serra da Costela (Paraíba) até Recife, onde pensa encontrar saídas dignas para um herói moderno, que luta para sobreviver ao caos da seca e da vida moderna. A poesia de João Cabral é exuberante em tudo que nela não falta, é generosa para com o seu leitor. Dito isso, podemos apreciar a obra  O Teatro da Morte e da Vida: A escrita barroca de João Cabral de Melo Neto, como uma oferenda farta a beleza poética. Talvez, entre muitas qualidades do texto, uma ganha expressão maior, a generosidade. O autor da obra é extremante generoso para com o seu leitor, não lhe negando o sumo e o néctar da poesia essencial de Cabral, nem tampouco, embarcando em firulas e travessuras teóricas desequilibradas. O ensaísta nos oferta o fruto equilibrado e belo a partir dos passos da vida severina.  


 


Sobre o autor:


 


Israel de Carvalho nasceu em Caicó-RN aos de 05 de setembro. Cresceu em Natal, onde mora desde os cinco anos de idade. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo, Ciências Contábeis e   Letras  - Língua Francesa e Literaturas pela UFRN, instituição em que também fez  pós- graduação em Literatura Brasileira (especialização) e mestrado em Literatura Comparada  concluído em 2010 com a dissertação ora lançada.  Escreve sobre cinema, música, teatro como free-lancer para jornais e revistas em âmbito local e nacional, tendo elaborado diversos artigos sobre João Cabral de Melo Neto publicados e apresentados em colóquios e congressos. Atuou como colaborador da edição brasileira da revista Città Nuova italiana, a Cidade Nova (SP), escrevendo sobre arte e cultura.  


Tem publicado artigos sobre João Cabral de Melo Neto em livros de coletâneas como:  Múltipla Palavra – Ed. Ideia (João Pessoa-PB) e Colóquio Barroco (Edufrn-UFRN). É  doutorando em Estudos da Linguagem (UFRN), onde continua a estudar a obra de João Cabral de Melo Neto, esse poeta nordestino/brasileiro/universal.


 


Comentário do poeta e Prof. Dr. Francisco Ivan da Silva, orientador da dissertação ora lançada, incluída no prefácio de “O Teatro da Morte e da Vida”:


 


    “Não digo último leitor pensando em uma ordem sucessiva do primeiro ao último. Contra a ordem sucessiva o leitor da poesia de João Cabral, leitor que escreve este livro abre a cortina do cenário acadêmico das teses e dissertações com um ensaio cheio de ousadia, partidário do barroco e anotando/apontando “barroquismo” na escrita de João Cabral de Melo Neto. Israel de Carvalho, o ensaísta destas páginas, abre a cortina do cenário acadêmico e instaura sua posição de ensaísta tendente a pisar no solo barroco da cultura hispano-brasileira. Revela um João Cabral barroco, moderno, aberto ao universal, inclusive, filiado à tradição dos poetas da Geração de 27, na Espanha, poetas de tradição barroca, seguidores da Poesia Pura de Don Luis de Góngora. Neste ensaio teatral e tão ilustrado da poesia cabralina, o ensaísta teve a consciência, a lucidez e o acerto de tentar situar-se e situar seu “autor” na perspectiva universal da releitura/reciclagem do barroco. O ponto mais importante do autor deste ensaio é o de tentar colocar em contato, em sincronia, em circulação o poeta João Cabral com universo barroco moderno. Trata o ensaísta de dar a conhecer os relevos e notas barrocas da escrita de João Cabral. Pode-se dizer que é o aspecto mais moderno e mais importante da poesia de Cabral. Moderno e importante porque isto faz parte da tradição mais legítima de nossa poesia: tradição barroca.


 


    Para falar de barroco, na poesia de João Cabral, nosso ensaísta precisou, antes de mais nada, pontuar sua trajetória e existência literária, já que um de seus pressupostos o designa um poeta fora de qualquer grupo, corrente ou agremiação literária. Cabral é um poeta singular. Poeta contemporâneo. E como tal pertence e não pertence a uma geração. A aproximação que se verifica entre ele e sua geração é um propósito compreendido entre a ideia de Poesia Pura, propósito que o faz contemporâneo de Paul Valéry, Jorge Guillén, Mallarmé e Góngora. Em seu tempo, Cabral coincide com o apogeu da poesia barroca moderna produzida na Espanha pela Geração de 27. Cabral é, portanto, o poeta brasileiro mais hispânico e, conceitualmente, barroco. E Francisco Israel, nestas páginas de seu ensaio, leva a cabo a descoberta dessa realidade.


    


     Não se trata de uma descoberta inédita. A observação de traços barrocos, na poesia de João Cabral já foi notada por muitos autores e críticos. E nosso ensaísta tem consciência disto fazendo uso devido de inúmeras citações de revistas, periódicos e entrevistas com o insigne autor, o poeta Cabral. Israel sucede os autores que apontaram o barroquismo na poesia cabralina. Ele leu vários críticos e autores de João Cabral, foi tirando daí suas pérolas. Foi chegando a esse território utópico da poesia barroca. Israel sucede e significa mais, pois, buscou criar relevante ensaio no âmbito do barroco moderno, cenário onde exibe o teatro poético de Cabral, em tudo o que ele tem de popular. A busca do ensaísta, nestas páginas, é surpreendente, mostrando-se um amante da poesia de Cabral. Só quem ama é capaz ouvir e entender...


 


    Portanto, na origem, este ensaio foi uma pesquisa acadêmica que valeu ao autor o título universitário de mestre em Literatura Comparada através do Programa de pós-graduação em Estudos da Linguagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Por sua importância no âmbito dos estudos literários, especialmente, no âmbito da pesquisa em torno da Obra de João Cabral de Melo Neto, torna-se um livro, — mais um livro, mais um ensaio — com o qual o autor ergue um brinde aos leitores de poesia de modo geral. Longe dos estereótipos acadêmicos e do formalismo das teses universitárias, o ensaio de Israel se caracteriza pela franqueza e rigor de sua concepção teórica e de seu posicionamento ético como pesquisador e, especialmente, posicionamento poético. Todo o ensaio se desenvolve maravilhoso e fiel ao espírito poético de Cabral com respeito à liberdade humana de expressão, deixando transparecer a posição crítica do Poeta contra as normas estabelecidas. Ensaio arte fazendo transparecer viva a Poesia Arte de Cabral. Detrás deste ensaio há uma grande consciência de linguagem; há uma preocupação por abrir horizontes e encontrar o sentido da escrita de Cabral.


 


     Aqui está um ensaio sobre a Escrita Barroca de João Cabral: O Teatro da Morte e da Vida... Paradoxo barroco!  — Quem sabe? — Um ensaio para livrar da morte outros Severinos. Livrar da morte através da escrita. A escrita como acontecimento vivo que será lembrado na estranha nostalgia do futuro pelo “último leitor”, o leitor deste ensaio que nos põe em contato com a poesia e o pensamento de João Cabral, este poeta do Nordeste brasileiro, singularizado pelas cores barrocas da Espanha”.


 


 


 


 


 


 


SERVIÇO:


 


O que: Lançamento de O Teatro da Morte e da Vida: A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto  de Francisco Israel de Carvalho –Editora  Appris – PR, 2012.


Ilustração da Capa: Carlos Sérgio Borges


Performance musical: Lysia Condé


Performance teatral: Pinho Montinelli


Quando:  21 de junho, quinta-feira, às 18:00 horas


Onde: Livraria do Campus - Cooperativa Cultural Universitária - Centro de Convivência Djalma Marinho – Campus Universitário – UFRN – Lagoa Nova.


Preço: R$ 35,00


Maiores informações: Israel de Carvalho


                                     (84) 3203-1433 / (84) 9985-4681 /8899-2419


                                     israelcarvalho@uol.com.br


 


                                     Cooperativa Cultural Universitária – Livraria do Campus – UFRN


                                     (84) 3215-3149  / 3211-9230


                                      www.cooperativacultural.com.br


 


                                     Eliane de Andrade - Editora Appris ( (41) 3030-4570/3151-1450


                                     comercial@editoraappris.com.br


                                     administrativo@editoraappris.com.br


                                     www.editoraappris.com.br


"> Lançamento de O Teatro da Morte e da Vida – A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto,
livro do jornalista Francisco Israel de Carvalho.

 



 


Acontece no dia 21 de junho (quinta-feira), a partir das 18:00 horas, na Cooperativa Cultural Universitária do Campus da UFRN, o lançamento do livro O teatro da morte e da vida” – A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto, um recorte sobre o poema-peça Morte e Vida Severina, sob a perspectiva do barroco, de autoria do jornalista Francisco Israel de Carvalho, editado numa parceria do Programa Cultura da Gente do Banco do Nordeste e da Editora Appris  - Curitiba-PR.


Segundo o autor, o livro é o resultado dos estudos e pesquisas realizadas já na graduação de Letras e Especialização em Literatura Brasileira culminando com a dissertação de mestrado em Estudos da Linguagem, do Departamento de Letras da UFRN.


 A poética de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) espelha as ambiguidades alegóricas do ser, nas camadas sígnicas do devir. Ao mesmo tempo em que desdobra, ao infinito as possibilidades de apreensão do trajeto humano. Morte e vida Severina – O Auto de Natal Pernambucano, poema-peça escrita a pedido de Maria Clara Machado entre 1954-1955, talvez a obra mais conhecida de João Cabral, vista pelo prisma do Barroco ou Neobarroco com todas as categorias estéticas que perpassam essa visão de mundo, tais como o jogo de contrastes, o embate de paradoxos, a própria circularidade do desejo e o permanente conflito que estabelece entre vida x morte x vida, traduz a dramaticidade do caminhar solitário do homem, um caminho pautado nas volutas barrocas, muitas delas permeadas pelo grotesco, pela ironia, pelo humor, pelo transbordamento (paradoxalmente) metafórico de um poeta visceralmente cerebral, um poeta construtor (engenheiro-pedreiro) da linguagem, como é o caso de João Cabral de Melo  Neto.


A morte que vem antes da vida e persegue o personagem Severino durante toda a sua caminhada, fugindo da morte antes dos trinta,  fazendo sua caminhada desde a Serra da Costela (Paraíba) até Recife, onde pensa encontrar saídas dignas para um herói moderno, que luta para sobreviver ao caos da seca e da vida moderna. A poesia de João Cabral é exuberante em tudo que nela não falta, é generosa para com o seu leitor. Dito isso, podemos apreciar a obra  O Teatro da Morte e da Vida: A escrita barroca de João Cabral de Melo Neto, como uma oferenda farta a beleza poética. Talvez, entre muitas qualidades do texto, uma ganha expressão maior, a generosidade. O autor da obra é extremante generoso para com o seu leitor, não lhe negando o sumo e o néctar da poesia essencial de Cabral, nem tampouco, embarcando em firulas e travessuras teóricas desequilibradas. O ensaísta nos oferta o fruto equilibrado e belo a partir dos passos da vida severina.  


 


Sobre o autor:


 


Israel de Carvalho nasceu em Caicó-RN aos de 05 de setembro. Cresceu em Natal, onde mora desde os cinco anos de idade. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo, Ciências Contábeis e   Letras  - Língua Francesa e Literaturas pela UFRN, instituição em que também fez  pós- graduação em Literatura Brasileira (especialização) e mestrado em Literatura Comparada  concluído em 2010 com a dissertação ora lançada.  Escreve sobre cinema, música, teatro como free-lancer para jornais e revistas em âmbito local e nacional, tendo elaborado diversos artigos sobre João Cabral de Melo Neto publicados e apresentados em colóquios e congressos. Atuou como colaborador da edição brasileira da revista Città Nuova italiana, a Cidade Nova (SP), escrevendo sobre arte e cultura.  


Tem publicado artigos sobre João Cabral de Melo Neto em livros de coletâneas como:  Múltipla Palavra – Ed. Ideia (João Pessoa-PB) e Colóquio Barroco (Edufrn-UFRN). É  doutorando em Estudos da Linguagem (UFRN), onde continua a estudar a obra de João Cabral de Melo Neto, esse poeta nordestino/brasileiro/universal.


 


Comentário do poeta e Prof. Dr. Francisco Ivan da Silva, orientador da dissertação ora lançada, incluída no prefácio de “O Teatro da Morte e da Vida”:


 


    “Não digo último leitor pensando em uma ordem sucessiva do primeiro ao último. Contra a ordem sucessiva o leitor da poesia de João Cabral, leitor que escreve este livro abre a cortina do cenário acadêmico das teses e dissertações com um ensaio cheio de ousadia, partidário do barroco e anotando/apontando “barroquismo” na escrita de João Cabral de Melo Neto. Israel de Carvalho, o ensaísta destas páginas, abre a cortina do cenário acadêmico e instaura sua posição de ensaísta tendente a pisar no solo barroco da cultura hispano-brasileira. Revela um João Cabral barroco, moderno, aberto ao universal, inclusive, filiado à tradição dos poetas da Geração de 27, na Espanha, poetas de tradição barroca, seguidores da Poesia Pura de Don Luis de Góngora. Neste ensaio teatral e tão ilustrado da poesia cabralina, o ensaísta teve a consciência, a lucidez e o acerto de tentar situar-se e situar seu “autor” na perspectiva universal da releitura/reciclagem do barroco. O ponto mais importante do autor deste ensaio é o de tentar colocar em contato, em sincronia, em circulação o poeta João Cabral com universo barroco moderno. Trata o ensaísta de dar a conhecer os relevos e notas barrocas da escrita de João Cabral. Pode-se dizer que é o aspecto mais moderno e mais importante da poesia de Cabral. Moderno e importante porque isto faz parte da tradição mais legítima de nossa poesia: tradição barroca.


 


    Para falar de barroco, na poesia de João Cabral, nosso ensaísta precisou, antes de mais nada, pontuar sua trajetória e existência literária, já que um de seus pressupostos o designa um poeta fora de qualquer grupo, corrente ou agremiação literária. Cabral é um poeta singular. Poeta contemporâneo. E como tal pertence e não pertence a uma geração. A aproximação que se verifica entre ele e sua geração é um propósito compreendido entre a ideia de Poesia Pura, propósito que o faz contemporâneo de Paul Valéry, Jorge Guillén, Mallarmé e Góngora. Em seu tempo, Cabral coincide com o apogeu da poesia barroca moderna produzida na Espanha pela Geração de 27. Cabral é, portanto, o poeta brasileiro mais hispânico e, conceitualmente, barroco. E Francisco Israel, nestas páginas de seu ensaio, leva a cabo a descoberta dessa realidade.


    


     Não se trata de uma descoberta inédita. A observação de traços barrocos, na poesia de João Cabral já foi notada por muitos autores e críticos. E nosso ensaísta tem consciência disto fazendo uso devido de inúmeras citações de revistas, periódicos e entrevistas com o insigne autor, o poeta Cabral. Israel sucede os autores que apontaram o barroquismo na poesia cabralina. Ele leu vários críticos e autores de João Cabral, foi tirando daí suas pérolas. Foi chegando a esse território utópico da poesia barroca. Israel sucede e significa mais, pois, buscou criar relevante ensaio no âmbito do barroco moderno, cenário onde exibe o teatro poético de Cabral, em tudo o que ele tem de popular. A busca do ensaísta, nestas páginas, é surpreendente, mostrando-se um amante da poesia de Cabral. Só quem ama é capaz ouvir e entender...


 


    Portanto, na origem, este ensaio foi uma pesquisa acadêmica que valeu ao autor o título universitário de mestre em Literatura Comparada através do Programa de pós-graduação em Estudos da Linguagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Por sua importância no âmbito dos estudos literários, especialmente, no âmbito da pesquisa em torno da Obra de João Cabral de Melo Neto, torna-se um livro, — mais um livro, mais um ensaio — com o qual o autor ergue um brinde aos leitores de poesia de modo geral. Longe dos estereótipos acadêmicos e do formalismo das teses universitárias, o ensaio de Israel se caracteriza pela franqueza e rigor de sua concepção teórica e de seu posicionamento ético como pesquisador e, especialmente, posicionamento poético. Todo o ensaio se desenvolve maravilhoso e fiel ao espírito poético de Cabral com respeito à liberdade humana de expressão, deixando transparecer a posição crítica do Poeta contra as normas estabelecidas. Ensaio arte fazendo transparecer viva a Poesia Arte de Cabral. Detrás deste ensaio há uma grande consciência de linguagem; há uma preocupação por abrir horizontes e encontrar o sentido da escrita de Cabral.


 


     Aqui está um ensaio sobre a Escrita Barroca de João Cabral: O Teatro da Morte e da Vida... Paradoxo barroco!  — Quem sabe? — Um ensaio para livrar da morte outros Severinos. Livrar da morte através da escrita. A escrita como acontecimento vivo que será lembrado na estranha nostalgia do futuro pelo “último leitor”, o leitor deste ensaio que nos põe em contato com a poesia e o pensamento de João Cabral, este poeta do Nordeste brasileiro, singularizado pelas cores barrocas da Espanha”.


 


 


 


 


 


 


SERVIÇO:


 


O que: Lançamento de O Teatro da Morte e da Vida: A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto  de Francisco Israel de Carvalho –Editora  Appris – PR, 2012.


Ilustração da Capa: Carlos Sérgio Borges


Performance musical: Lysia Condé


Performance teatral: Pinho Montinelli


Quando:  21 de junho, quinta-feira, às 18:00 horas


Onde: Livraria do Campus - Cooperativa Cultural Universitária - Centro de Convivência Djalma Marinho – Campus Universitário – UFRN – Lagoa Nova.


Preço: R$ 35,00


Maiores informações: Israel de Carvalho


                                     (84) 3203-1433 / (84) 9985-4681 /8899-2419


                                     israelcarvalho@uol.com.br


 


                                     Cooperativa Cultural Universitária – Livraria do Campus – UFRN


                                     (84) 3215-3149  / 3211-9230


                                      www.cooperativacultural.com.br


 


                                     Eliane de Andrade - Editora Appris ( (41) 3030-4570/3151-1450


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Notícias

Lançamento do livro O Teatro da Morte e da Vida

08/06/12

Lançamento de
O Teatro da Morte e da Vida – A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto,
livro do jornalista Francisco Israel de Carvalho.

 



 


Acontece no dia 21 de junho (quinta-feira), a partir das 18:00 horas, na Cooperativa Cultural Universitária do Campus da UFRN, o lançamento do livro O teatro da morte e da vida” – A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto, um recorte sobre o poema-peça Morte e Vida Severina, sob a perspectiva do barroco, de autoria do jornalista Francisco Israel de Carvalho, editado numa parceria do Programa Cultura da Gente do Banco do Nordeste e da Editora Appris  - Curitiba-PR.


Segundo o autor, o livro é o resultado dos estudos e pesquisas realizadas já na graduação de Letras e Especialização em Literatura Brasileira culminando com a dissertação de mestrado em Estudos da Linguagem, do Departamento de Letras da UFRN.


 A poética de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) espelha as ambiguidades alegóricas do ser, nas camadas sígnicas do devir. Ao mesmo tempo em que desdobra, ao infinito as possibilidades de apreensão do trajeto humano. Morte e vida Severina – O Auto de Natal Pernambucano, poema-peça escrita a pedido de Maria Clara Machado entre 1954-1955, talvez a obra mais conhecida de João Cabral, vista pelo prisma do Barroco ou Neobarroco com todas as categorias estéticas que perpassam essa visão de mundo, tais como o jogo de contrastes, o embate de paradoxos, a própria circularidade do desejo e o permanente conflito que estabelece entre vida x morte x vida, traduz a dramaticidade do caminhar solitário do homem, um caminho pautado nas volutas barrocas, muitas delas permeadas pelo grotesco, pela ironia, pelo humor, pelo transbordamento (paradoxalmente) metafórico de um poeta visceralmente cerebral, um poeta construtor (engenheiro-pedreiro) da linguagem, como é o caso de João Cabral de Melo  Neto.


A morte que vem antes da vida e persegue o personagem Severino durante toda a sua caminhada, fugindo da morte antes dos trinta,  fazendo sua caminhada desde a Serra da Costela (Paraíba) até Recife, onde pensa encontrar saídas dignas para um herói moderno, que luta para sobreviver ao caos da seca e da vida moderna. A poesia de João Cabral é exuberante em tudo que nela não falta, é generosa para com o seu leitor. Dito isso, podemos apreciar a obra  O Teatro da Morte e da Vida: A escrita barroca de João Cabral de Melo Neto, como uma oferenda farta a beleza poética. Talvez, entre muitas qualidades do texto, uma ganha expressão maior, a generosidade. O autor da obra é extremante generoso para com o seu leitor, não lhe negando o sumo e o néctar da poesia essencial de Cabral, nem tampouco, embarcando em firulas e travessuras teóricas desequilibradas. O ensaísta nos oferta o fruto equilibrado e belo a partir dos passos da vida severina.  


 


Sobre o autor:


 


Israel de Carvalho nasceu em Caicó-RN aos de 05 de setembro. Cresceu em Natal, onde mora desde os cinco anos de idade. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo, Ciências Contábeis e   Letras  - Língua Francesa e Literaturas pela UFRN, instituição em que também fez  pós- graduação em Literatura Brasileira (especialização) e mestrado em Literatura Comparada  concluído em 2010 com a dissertação ora lançada.  Escreve sobre cinema, música, teatro como free-lancer para jornais e revistas em âmbito local e nacional, tendo elaborado diversos artigos sobre João Cabral de Melo Neto publicados e apresentados em colóquios e congressos. Atuou como colaborador da edição brasileira da revista Città Nuova italiana, a Cidade Nova (SP), escrevendo sobre arte e cultura.  


Tem publicado artigos sobre João Cabral de Melo Neto em livros de coletâneas como:  Múltipla Palavra – Ed. Ideia (João Pessoa-PB) e Colóquio Barroco (Edufrn-UFRN). É  doutorando em Estudos da Linguagem (UFRN), onde continua a estudar a obra de João Cabral de Melo Neto, esse poeta nordestino/brasileiro/universal.


 


Comentário do poeta e Prof. Dr. Francisco Ivan da Silva, orientador da dissertação ora lançada, incluída no prefácio de “O Teatro da Morte e da Vida”:


 


    “Não digo último leitor pensando em uma ordem sucessiva do primeiro ao último. Contra a ordem sucessiva o leitor da poesia de João Cabral, leitor que escreve este livro abre a cortina do cenário acadêmico das teses e dissertações com um ensaio cheio de ousadia, partidário do barroco e anotando/apontando “barroquismo” na escrita de João Cabral de Melo Neto. Israel de Carvalho, o ensaísta destas páginas, abre a cortina do cenário acadêmico e instaura sua posição de ensaísta tendente a pisar no solo barroco da cultura hispano-brasileira. Revela um João Cabral barroco, moderno, aberto ao universal, inclusive, filiado à tradição dos poetas da Geração de 27, na Espanha, poetas de tradição barroca, seguidores da Poesia Pura de Don Luis de Góngora. Neste ensaio teatral e tão ilustrado da poesia cabralina, o ensaísta teve a consciência, a lucidez e o acerto de tentar situar-se e situar seu “autor” na perspectiva universal da releitura/reciclagem do barroco. O ponto mais importante do autor deste ensaio é o de tentar colocar em contato, em sincronia, em circulação o poeta João Cabral com universo barroco moderno. Trata o ensaísta de dar a conhecer os relevos e notas barrocas da escrita de João Cabral. Pode-se dizer que é o aspecto mais moderno e mais importante da poesia de Cabral. Moderno e importante porque isto faz parte da tradição mais legítima de nossa poesia: tradição barroca.


 


    Para falar de barroco, na poesia de João Cabral, nosso ensaísta precisou, antes de mais nada, pontuar sua trajetória e existência literária, já que um de seus pressupostos o designa um poeta fora de qualquer grupo, corrente ou agremiação literária. Cabral é um poeta singular. Poeta contemporâneo. E como tal pertence e não pertence a uma geração. A aproximação que se verifica entre ele e sua geração é um propósito compreendido entre a ideia de Poesia Pura, propósito que o faz contemporâneo de Paul Valéry, Jorge Guillén, Mallarmé e Góngora. Em seu tempo, Cabral coincide com o apogeu da poesia barroca moderna produzida na Espanha pela Geração de 27. Cabral é, portanto, o poeta brasileiro mais hispânico e, conceitualmente, barroco. E Francisco Israel, nestas páginas de seu ensaio, leva a cabo a descoberta dessa realidade.


    


     Não se trata de uma descoberta inédita. A observação de traços barrocos, na poesia de João Cabral já foi notada por muitos autores e críticos. E nosso ensaísta tem consciência disto fazendo uso devido de inúmeras citações de revistas, periódicos e entrevistas com o insigne autor, o poeta Cabral. Israel sucede os autores que apontaram o barroquismo na poesia cabralina. Ele leu vários críticos e autores de João Cabral, foi tirando daí suas pérolas. Foi chegando a esse território utópico da poesia barroca. Israel sucede e significa mais, pois, buscou criar relevante ensaio no âmbito do barroco moderno, cenário onde exibe o teatro poético de Cabral, em tudo o que ele tem de popular. A busca do ensaísta, nestas páginas, é surpreendente, mostrando-se um amante da poesia de Cabral. Só quem ama é capaz ouvir e entender...


 


    Portanto, na origem, este ensaio foi uma pesquisa acadêmica que valeu ao autor o título universitário de mestre em Literatura Comparada através do Programa de pós-graduação em Estudos da Linguagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Por sua importância no âmbito dos estudos literários, especialmente, no âmbito da pesquisa em torno da Obra de João Cabral de Melo Neto, torna-se um livro, — mais um livro, mais um ensaio — com o qual o autor ergue um brinde aos leitores de poesia de modo geral. Longe dos estereótipos acadêmicos e do formalismo das teses universitárias, o ensaio de Israel se caracteriza pela franqueza e rigor de sua concepção teórica e de seu posicionamento ético como pesquisador e, especialmente, posicionamento poético. Todo o ensaio se desenvolve maravilhoso e fiel ao espírito poético de Cabral com respeito à liberdade humana de expressão, deixando transparecer a posição crítica do Poeta contra as normas estabelecidas. Ensaio arte fazendo transparecer viva a Poesia Arte de Cabral. Detrás deste ensaio há uma grande consciência de linguagem; há uma preocupação por abrir horizontes e encontrar o sentido da escrita de Cabral.


 


     Aqui está um ensaio sobre a Escrita Barroca de João Cabral: O Teatro da Morte e da Vida... Paradoxo barroco!  — Quem sabe? — Um ensaio para livrar da morte outros Severinos. Livrar da morte através da escrita. A escrita como acontecimento vivo que será lembrado na estranha nostalgia do futuro pelo “último leitor”, o leitor deste ensaio que nos põe em contato com a poesia e o pensamento de João Cabral, este poeta do Nordeste brasileiro, singularizado pelas cores barrocas da Espanha”.


 


 


 


 


 


 


SERVIÇO:


 


O que: Lançamento de O Teatro da Morte e da Vida: A Escrita Barroca de João Cabral de Melo Neto  de Francisco Israel de Carvalho –Editora  Appris – PR, 2012.


Ilustração da Capa: Carlos Sérgio Borges


Performance musical: Lysia Condé


Performance teatral: Pinho Montinelli


Quando:  21 de junho, quinta-feira, às 18:00 horas


Onde: Livraria do Campus - Cooperativa Cultural Universitária - Centro de Convivência Djalma Marinho – Campus Universitário – UFRN – Lagoa Nova.


Preço: R$ 35,00


Maiores informações: Israel de Carvalho


                                     (84) 3203-1433 / (84) 9985-4681 /8899-2419


                                     israelcarvalho@uol.com.br


 


                                     Cooperativa Cultural Universitária – Livraria do Campus – UFRN


                                     (84) 3215-3149  / 3211-9230


                                      www.cooperativacultural.com.br


 


                                     Eliane de Andrade - Editora Appris ( (41) 3030-4570/3151-1450


                                     comercial@editoraappris.com.br


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