Em todo País, os trabalhadores dos Correios decidiram em assembleia pela greve por tempo indeterminado. Em São Paulo a assembleia contou com a presença de mais de 4 mil trabalhadores. O diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores) e membro da Oposição Nacional da Conlutas SP, Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, informou que a paralisação é nacional e mais de 80% dos trabalhadores aderiram.
A proposta apresentada pela empresa é de reajuste salarial de 4,50%, referente ao índice do IPCA, e foi rejeitada pela categoria no último dia 19. “Nós esperamos até o dia 15 por uma nova proposta, porém não obtivemos resposta", disse Geraldinho.
Geraldinho alegou que houve enrolação por parte da empresa nas negociações durante dois meses. “Esperamos que com a decretação da greve, as negociações aconteçam e surjam novas propostas”. Segundo ele, enquanto não houver acordo, os trabalhadores continuarão parados.
Estão em greve os 27 estados e Distrito Federal. Dos 35 sindicatos filiados à Fentect, 33 aderiram ao movimento. As principais reivindicações da categoria são por reposição de 41% das perdas salariais; aumento real linear de R$ 300,00 para todos; fim das metas, dobras e sobrecarga de serviço; redução da jornada sem redução salários e direitos; fim das terceirizações e privatização; e não aos Correios S/A, em defesa dos correios 100% público e estatal.
Novas assembleias acontecerão nesta quarta-feira, dia 16, em vários estados para discutir os rumos da greve. Os trabalhadores lutam para que suas reivindicações sejam ouvidas, e que a empresa apresente nova proposta.
No Rio Grande do Norte
No RN, segundo o Sindicato da categoria, a paralisação atingiu 20% dos trabalhadores. A área afetada pela greve é a operacional, que corresponde a parte de distribuição com 60% do efetivo parado por tempo indeterminado. A decisão pela paralisação foi tomada em assembléia estadual realizada nesta terça-feira (15) em Mossoró com a presença de cerca de 224 trabalhadores de todo o RN.