Por Fagner Farias
O Sindicato dos Vigilantes Intermunicipais do RN (Sindsegur) promoveu na manhã desta sexta-feira, ato em frente à agência do Banco do Brasil, na avenida Rio Branco, centro de Natal. De acordo com o presidente do Sindsegur, Francisco Benedito da Silva, a paralisação é de advertência para mostrar aos patrões e a população, os perigos da profissão: “O vigilante não quer só dinheiro. Quer também condições de trabalho”, disse.
O sindicalista informou que desde 1h da manhã, a categoria está mobilizada para que as agências bancárias de Natal não abram o setor de atendimento. Mais de 30 agências da capital estão fechadas. Apenas os caixas eletrônicos estão funcionando.
Caso não seja cumprida a Lei 12.740, que estabelece o pagamento do adicional de periculosidade (risco de vida), no valor de 30%, para os vigilantes de todo o país, aprovada no dia 10 de dezembro de 2012, pela presidente Dilma Rousseff, a categoria seguirá para Brasília, para, em conjunto com a Confederação dos Vigilantes, declarar greve nacional.
Segundo Benedito, os vigilantes trabalham 12 horas por dia, de pé, sem coletes à prova de balas e, as agências não possuem cabines blindadas.
O Sindicato dos Bancários do RN é solidário com a luta dos vigilantes. De acordo com a coordenadora-geral, Marta Turra, “o Sindicato dos Bancários está dando apoio total a categoria. Esta é uma luta pela vida. No RN, são aproximadamente seis mil vigilantes, divididos na segurança patrimonial e no transporte de valores, ganhando menos de mil reais”.
Marta alerta para o perigo que os vigilantes correm no exercício da profissão: “As empresas de vigilância criaram uma categoria de vigilantes desarmados, visando diminuir os custos e lucrarem mais”.
