Por Fagner Farias
A insegurança no Estado do Rio Grande do Norte vem tomando proporções inadmissíveis. Com o crescente índice de arrombamentos e explosões a caixas eletrônicos, os bancários vivem em estado de pânico. O alvo preferido dos bandidos são os Postos Avançados de Atendimento. Os P.A.As como são conhecidos, estão instalados nas cidades onde não existe agência bancária. O posto conta com um único funcionário, responsável pelo atendimento aos clientes nas aberturas de contas e realização de empréstimos. Além de acumular também a função de gerente, o funcionário trabalha sem segurança.
No P.A.A. não existe vigilante armado para fazer a segurança do único terminal eletrônico. Em muitos deles, sequer existem câmeras de segurança ou saída de emergência. Segundo relatos de funcionários, o Posto Avançado de Atendimento é “uma salinha com entrada única, sem a mínima segurança”. No interior do Estado, onde a demanda de aposentados é maior, em dias de pagamento, a tensão aumenta.
De acordo com o Plano de Segurança Bancária da Polícia Federal, a guarda de valores e proteção do funcionário é de responsabilidade da instituição bancária. Segundo o plano, toda instituição financeira em que haja guarda e movimentação de numerário deve apresentar pelo menos três dispositivos de segurança, sendo dois específicos, que são a presença de vigilantes armados e alarme eficiente. O plano ainda inclui o uso de equipamentos eletrônicos e de filmagens, portas giratórias, equipamento de retardo instalado na fechadura do cofre, além de cabina blindada com vigilante.
O Sindicato dos Bancários do RN é contra a posição assumida pelos bancos de não garantirem a segurança de seus funcionários. Onde está o avanço proposto pelos bancos para esta modalidade de atendimento ao público? A segurança é um grande avanço, que até agora não chegou. Os bandidos que o digam.
