A Frente Nacional de Oposição Bancária, junto dos sindicatos de oposição do Maranhão, Rio Grande do Norte e Bauru, além da Antecipa, entraram com uma representação junto ao MP em Brasília, solicitando a intervenção deste para barrar e anular o plano implementado no Banco do Brasil sobre as 6 horas! O plano reduz salários, em média 16% de forma imediata, e monta armadilhas, como a verba provisória chamada “Ajuste do Plano de Funções”, que vai sendo extinta à medida que o bancário receba reajustes, o que significa trocar “6 por meia dúzia” e congelar o salário, cujas rubricas que o compõem irão mudando, mas a remuneração final ficará sempre a mesma até a extinção final da verba provisória e um prejuízo salarial total enorme, muito maior que os 16%.
Questionando estas e outras ilegalidades flagrantes, que começam com o prazo exíguo (6 dias) para a adesão ao novo plano, e vão até o aumento das discrepâncias de direitos e salários entre funcionários que fazem o mesmo serviço, além da coação e práticas de chantagem sobre os trabalhadores, a FNOB, a Antecipa e os sindicatos de oposição e que estão fora da Contraf e da CUT partiram para o enfrentamento ao plano de ataques em todos os níveis.
Junto da ação no MP, a qual não foi nem sequer cogitada de ser feita pelas entidades sindicais governistas, atreladas à Contraf/CUT e Contec, a FNOB defendeu a deflagração de um movimento de greve para barrar este plano. Por conta de uma política de sabotagem das direções cutistas, porém, os maiores estados nem sequer tiveram assembleias para poder deliberar uma reação nacional, impedindo uma resposta mais contundente do movimento bancário. Esta realidade pode estar mudando, pois, por conta da pressão da base, está marcada assembleia para dia 25/02 em SP, e é preciso garantir o mesmo em Brasília, RJ, RS, PA, PE, BA e nos demais principais estados controlados pelos governistas, que se recusarão a chamar as assembleias até o final, mas poderão ser forçados a isso pela base.
A FNOB entende que a ação protocolada junto ao MP foi e é importante para manter o BB cercado e sob as denúncias, que desde o primeiro dia foram insistentemente feitas pela Frente e por todos os ativistas de luta no país. Agora, é a hora de conciliar as ações jurídicas com uma grande luta, construindo assembleias nacionalmente e preparando a base para uma paralisação forte, que derrube de vez o plano articulado pelo BB sob ordens do governo Dilma.
