O Sindicato dos Bancários fechou por duas horas a agência do BNB da Prudente de Morais e a Super na manhã desta quinta-feira, 27. A luta é contra a reestruturação do Banco, que vem sendo feita de forma não clara aos empregados do Banco. Ninguém sabe exatamente a que se destina e sabemos que isso trará prejuízos aos trabalhadores. O Ato também contou com a participação da AFBNB.
Para os trabalhadores do Banco, não dá mais:
“Não somos linha de produção de geladeiras e fogões. Trabalhamos com crédito especializado e o conceito de “Esteira” é um estupro ao papel desenvolvimentista do Banco do Nordeste.
O Banco propõe que cada funcionário seja fiscal de si mesmo, abolindo as Centrais de Controle Interno locais, e usando o Código de Conduta Ética como “Alcorão”, para assediar, perseguir, e punir funcionários, por uma política de consequências sem paralelo - e cujas regras ainda são um mistério.
O BNB não foi criado prá isso. Estamos assistindo centenas de profissionais qualificados, de diversas áreas específicas, serem reduzidos a analistas de esteiras de crédito, desrespeitando suas formações e perfis de competências técnicas (ex.: engenheiros, arquitetos, técnicos de campo...) – sem suas vantagens salariais asseguradas.
Sabe-se que TODOS os atos administrativos designando os funcionários para os novos espaços são RETROATIVOS A 03/06/2013, e não vimos uma palavra referente às implicações JURÍDICAS dos atos praticados pelos mesmos nesse período. Que pena pode ser imposta a quem, no exercício de uma função já extinta, vier a cometer um deslize?
Não houve uma única reunião com as Entidades representativas de classe para discutir a reestruturação, e o respeito à DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA não está assegurado. Pais e mães de famílias estão vivendo dias de terror, pânico e incerteza do amanhã, tendo por único alento serem AGRACIADOS com um cantinho prá trabalhar - certo de que muitos estão "sobrando" na conta que não fecha.
Talvez de forma não inocente, não tem se discutido PROCESSOS (Como menos pessoas vão abarcar mais funções?), e há um silêncio sepulcral acerca das inúmeras denúncias de desvios feitos ao longo dos últimos 2 anos, cujos protagonistas continuam disputando e ocupando espaços organizacionais na alta cúpula.
A propósito, em recente processo de concorrência interna, 85% dos candidatos selecionados para vagas são da Direção Geral, incluindo selecionadores que se auto-selecionaram para a lista de candidatos escolhidos...
Como o Banco pode falar em lisura, transparência e ÉTICA, num contexto desses?”