O Estado de S. Paulo - 15/07/2013 |
|
Com 68,5% do PIB, segundo o FMI, País tem a quarta maior dívida bruta relativa entre países emergentes O aumento dovolume de operações compromissadas do Banco Central pode ser observado pela evolução da dívida bruta do governo federal, cujo crescimento preocupa os especialistas. É nela também que aparecem os reflexos das emissões feitas pelo Tesouro Nacional em favor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em dezembro de 2012, a dívida bruta brasileira estava em 68,5% do PIB, nas contas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Na série do BC, é de 67,4% do PIB. Mas ela cresceu nos últimos cinco anos: 5 pontos porcentuais de PIB pelo FMI, 4,4 pontos na série do BC. Como proporção do PIB, o Brasil tem a quarta maior dívida do mundo emergente, segundo o levantamento do FMI. Perde para Egito, Jordânia e Hungria. Entre os Brics, a liderança é brasileira. A dívida bruta da Rússia é de 10,9% do PIB, a da China é de 22,8% do PIB, a da África do Sul, de 42,3% do PIB e a da Índia é de 66,8% do PIB. "Há uma piora fiscal evidente", afirma Felipe Salto, economista da consultoria Tendências. "Esse é um esqueleto que vai aparecer para o próximo governo." O termômetro mais usual para a solvência do País não é a dívida bruta, e sim a dívida líquida do setor público, que considera também os créditos que o governo tem a receber. Esta estava em 34,8% do PIB em maio, ajudada pela valorização do dólar. Como o País é credor na moeda estrangeira, cada vez que a cotação sobe a dívida cai. Em maio de 2012, ela estava em 35% do PIB. "Ela vem oscilando nesse patamar hámais ou menos um ano." Salto atribui esse desempenho à queda do superávit primário e aos subsídios implícitos em muitas das políticas do governo, como o Programa de Sustentação de Investimento (PSI), do BNDES, e o Minha Casa, Minha Vida |