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Mesa Redonda debate movimentos de rua de junho e julho

15/08/13

O Sindicato dos Bancários do RN promoveu nesta quarta-feira (14/08) uma mesa redonda para discutir os movimento de rua ocorrido no mês de junho e suas consequências para a sociedade. Os debatedores foram Walkíria Kozakevic, também conhecida como a “mãe” do Movimento Passe Livre Natal, Beatriz Paiva, diretora do Sindicato dos Bancários e o professor doutor Moisés Souza, do departamento de ciências sociais da UFRN. Um debate de alto nível que nos leva a lamentar a ausência de quem não pode participar.

 

Walkíria começou explicando o caráter espontâneo e horizontal do movimento e a forma como eles ganharam as ruas. Falou também sobre as maiores manifestações já conseguidas na luta, seus frutos e a mais recente delas, a ocupação da Câmara Municipal que fez com que os vereadores adiassem o caráter de urgência de votação d Projeto de Lei de Licitação do Transporte Público em Natal.

 

Ela foi complementada pela estudante de biologia e militante da Aliança Nacional dos Estudantes Livre (ANEL), Aline, que também ressaltou a importância dos vereadores de esquerda na Câmara para encaminhar projetos que tenham mais a ver com a proposta do movimento.

 

A representante do sindicato dos Bancários, Beatriz Paiva, ressaltou o caráter progressista do movimento e a importância de que os movimentos verdadeiramente de esquerda se posicionassem para que as manifestações não acabassem com seu caráter espontâneo. Importante que os trabalhadores também ocupem estes espaços e participem das discussõ9es de insatisfação da massa.

 

O professor Moisés Souza, que chegou a fazer parte do governo nacional do PT, lembrou da desilusão da população e dos movimentos de esquerda com a política do governo de agradar a interesses da burguesia, e colocou o Partido dos Trabalhadores como o dirigente das manifestações do final dos anos 80, lembrando que para isso se institucionalizou e limitou-se a jogar o jogo proposto.

 

As intervenções dos demais participantes também só vieram a somar. Muitos militantes antigos que puderam comparar as manifestações com outros momentos de efervescência política e que puderam mostrar seu ponto de vista sobre todo o movimento.