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GREVE: Piquetes fortalecem a GREVE e bancários têm adesão de quase 100% na capital

24/09/09

Uma greve forte. Essa é a definição de dez entre dez bancários presentes nos piquetes realizados no primeiro dia de greve. A equipe do Luta Bancária percorreu várias agências na manhã desta quinta-feira e constatou que a expectativa da categoria é de vitória com a paralisação por tempo indeterminado deflagrada nas assembleias do dia 23 de setembro em todo o país. A imprensa local cobriu o movimento e fez uma divulgação positiva das manifestações. Além das agências dos Bancos Públicos, a categoria conseguiu parar também os serviços de dois bancos Privados: Itaú e HSBC. Uma nota à população e um Luta Bancária especial GREVE, que circulará todos os dias nos piquetes, foram distribuídos para informar e esclarecer os clientes e os grevistas.

Apesar de alguns problemas isolados, como na agência Ribeira da CAIXA, onde os gestores proibiram a fixação de cartazes na porta, os piquetes foram tranqüilos. Um dos destaques foi a agência Prudente de Moraes, do BNB, em que 98% dos funcionários aderiram.

Segundo a diretora do Sindicato e funcionária da CAIXA, Marta Turra, a receita para convencer os colegas que à princípio querem trabalhar é a conversa. “Tem que conversar para conscientizar os colegas e chegar cedo. Teve um funcionário que chegou a entrar, mas fomos até a mesa dele e o convencemos a descer e ir para casa”, comemorou ao lado do bancário do BNB e piqueteiro, Arnaldo Araújo de Menezes, que admitiu a dificuldade no início. “Inicialmente foi bem trabalhoso, mas no fim os colegas entenderam e tivemos a adesão de 98% que, segundo Juvêncio, foi a maior entre todas as agências”, disse.

No Itaú, agência Centro, os piqueteiros também sofreram no início para conscientizar os trabalhadores do Banco. O funcionário de um setor terceirizado da Empresa tentou resistir, chamou a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú, Albertina Bertino, de insensível, mas teve que ouvir calado o argumento da maioria dos bancários. “Esse funcionário que me chamou de insensível disse que seis funcionários iriam perder sua comissão por causa da greve. Falei que o insensível era ele por passar por cima da base, que decidiu pela greve. Ele, os banqueiros e o Governo Lula, na verdade, que diante de tanta exploração ainda ofereceram a esmola de 4,5%”, afirmou.

Daqui a pouco, às 17h, no auditório do Sindicato dos Professores (avenida Rio Branco, subida do Baldo) a categoria se reúne em mais uma assembleia geral da categoria. Na pauta, avaliação do primeiro dia de movimento e a continuidade da greve por tempo indeterminado.