Após 15 dias de forte greve, os banqueiros demonstraram uma desfaçatez sem tamanho ao aumentarem o índice de reajuste da categoria em somente 1%, o que no piso significa um aumento de 1,4%. O “aumento real” seria de 0,97%.
Um bancário que hoje recebe o piso da categoria de R$ 1.519,00, passaria a receber R$ 1.632,93. Isso significaria que ele teria um acréscimo da fabulosa quantia de R$ 3,80 por dia trabalhado. Nas refeições ele teria o acréscimo de R$ 1,52 por dia e o auxílio refeição diário passaria de R$ 21,46 para R$ 22,98. Enquanto isso, os principais bancos do país lucraram R$ 29,6 bilhões.
A greve bancária chega à quarta semana e vem demonstrando sua força com um índice de paralisação superior ao ano de 2012. Para fortalecê-la, os bancários radicalizam nos piquetes e chegam a fechar completamente as agências e outras unidades bancárias. Nos grandes centros, o primeiro gestor e os terceirizados são barrados e não conseguem entrar para trabalhar.
Para a greve acabar, as principais reivindicações da categoria devem ser atendidas. Os bancários precisam de um aumento decente, piso do DIEESE, isonomia de direitos, jornada de seis horas sem redução salarial, abono dos dias parados e o fim da terceirização da área meio no setor bancário.
GOVERNO DILMA SE UNE AOS BANQUEIROS E NÃO QUER NEGOCIAR.
Dois dos cinco bancos que compõem a mesa de negociação são controlados pelo governo petista. Além disso, toda a regulamentação do sistema financeiro é feita pelo governo federal. Nesse sentido, Dilma tem uma grande responsabilidade: pode resolver a greve pressionando a FENABAN a atender as reivindicações dos bancários.
O BB, o BNB e a CAIXA precisam atender a pauta específica dos funcionários desses bancos, e parar imediatamente as práticas antissindicais, deixando de recorrer aos interditos proibitórios com a finalidade de cercear o direito a greve.
Diante da intransigência dos patrões, os bancários se fortalecem a cada dia para vencer a ganância dos banqueiros e do Governo Dilma. Os bancários precisam de um reajuste compatível com as suas necessidades e com o lucro que produzem. Assim, terão melhores condições de prestar um serviço digno à população brasileira.