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Proposta do governo para o BNB

15/10/13

Nova proposta do governo e Fenaban continua sendo um insulto; sigamos em greve!

 
 

Na manhã de quinta-feira (9), os patrões apresentaram outra proposta aos bancários, com índice de reposição salarial de 8%. Para a AFBNB, a proposta é insuficiente. Mais uma vez banqueiros e governo mostraram insensibilidade com os trabalhadores. O reajuste proposto sequer contempla o índice pedido, de 11,93%, que já é rebaixado diante das perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos vinte anos pelo menos, e ainda penaliza o trabalhador ao trazer no seu bojo a compensação dos dias da greve.

É inadmissível que diante de lucros bilionários (os banqueiros no Brasil nunca faturaram tanto), os bancos apresentem propostas tão aviltantes. O sistema financeiro nacional hoje é um dos mais lucrativos do mundo, à custa da exploração dos bancários – com pressão por metas, sobrecarga de trabalho, assédios de toda ordem, demissões injustas, etc. - e da sociedade, com altas taxas de juros e tarifas abusivas, além da própria especulação financeira. Os bancos têm todas as condições econômicas e políticas para atender às reivindicações dos bancários. Não o fazem porque visam tão somente à ganância desenfreada por mais lucros, lucros, e lucros. Para essa farra institucionalizada os bancários estão dando resposta: greve forte, coesa e positiva. Por isso devem rejeitar a proposta e intensificar o movimento.

Proposta específica do BNB: mais do mesmo, sem avanços

No BNB, não obstante uma greve forte, coesa, positiva, a diretoria do Banco ratificou sua insensibilidade à justa reivindicação dos funcionários. Isto pelo fato de, mesmo após 22 dias de greve, na primeira proposta, não ter avançado um milímetro nas questões específicas, nas pendências históricas que se arrastam há anos. O Banco do Nordeste, mais uma vez, se limitou a esconder-se por trás da proposta da Fenaban. No máximo apresentou alguns “penduricalhos”, alguns dos quais não são objetos da mesa de negociação, tampouco constituem motivo para convencer alguém pelo fim da greve; outros já bem ultrapassados, que já constaram de acordo, e que o banco não cumpriu.

Vale lembrar que há pendências que estão nos acordos coletivos passados e ainda hoje não foram cumpridas. A greve de 2013, mais do que nunca, não é só pelos 20 centavos! É por uma série de questões específicas, históricas, negadas pelas sucessivas gestões do BNB ao longo de anos. 

Diante da proposta apresentada, que a Associação considera irrisória e incoerente, pois não contempla nenhuma das questões específicas tão esperadas pelos trabalhadores do Banco, a AFBNB afirma que é  um equívoco a aceitação da mesma - como infelizmente já foi anunciado por comandantes das negociações -, pois não traz avanços. A orientação da AFBNB é pela rejeição da proposta! Não podemos desperdiçar a energia dessa greve para, mais uma vez, nos contentarmos com uma proposta que não contempla nenhuma – isso mesmo, nenhuma! – das questões específicas que tanto afligem os funcionários do Banco. Por isso é prudente e coerente que as lideranças sindicais também defendam a rejeição. Orientar pela aceitação representa falta de sintonia com a base e total descompasso com a greve mais forte dos últimos anos.

Conforme a AFBNB já reiterou por diversas vezes: nenhuma proposta deve ser aceita se não tiver avanços significativos nas questões específicas! No mesmo sentido, também não deve ser aceita qualquer medida que penalize o movimento, como a compensação dos dias da greve em qualquer proporção.

A Associação conclama os trabalhadores do BNB a comparecerem às assembleias convocadas pelos sindicatos nas suas respectivas bases para, somando-se aos demais bancários de outras instituições, se posicionarem pela rejeição da proposta!

Veja aqui os contrapontos da AFBNB à proposta do Banco:

Proposta específica do BNB: contrapontos

Para a AFBNB, alguns pontos da proposta específica do BNB não devem ser objeto da mesa de negociação, ou seja, não devem interferir para o fim da greve. O Banco está usando como barganha aquilo que deveria ter feito há tempo. Assim, destacamos alguns aspectos:

1.       Revisão do Plano de cargos e Remuneração (PCR) – essa questão já foi posta em acordo por pelo menos três vezes. Da última vez, a comissão paritária cumpriu o seu papel e elaborou o estudo. O Banco não cumpriu com a sua parte. Não cabe colocá-la como novidade. Cabe, sim, apresentar algo concreto, para corrigir as distorções existentes: a igualdade de valores nos primeiro níveis, onde as promoções não impactam financeiramente; o aumento da quantidade dos níveis para acabar com a estagnação de quem chega ao nível 18 atualmente, inclusive com a retroatividade em termos de efeitos financeiros; a correção da curva salarial, ou seja, a melhoria dos valores a partir do nível 1 (piso) com repercussão nos demais níveis;

2.   Asseguramento das funções - 60 dias de asseguramento das funções em decorrência da reestruturação – isso não deve ser objeto de barganha em mesa de negociação. Não está em discussão na greve. O Banco, por dever, já poderia ter resolvido, uma vez que já anunciou, por exemplo, que ninguém seria penalizado no caso das centrais. Sobre o caso, a AFBNB já cobrou oficialmente o cumprimento do que foi prometido, além da aplicação da medida ao conjunto dos funcionários, a exemplo do que foi feito nas centrais, onde os funcionários não perderam suas funções. A Associação defende que ninguém tenha prejuízo no seu salário. O funcionário não pode ser responsabilizado pelos desvirtuamentos de gestão, seja de caráter administrativo, operacional, nos negócios ou algo do gênero;

3.       GN Pronaf – a AFBNB defende que o banco deve de imediato estabelecer a isonomia sob esse aspecto, uma vez que esse quadro destoa no plano de funções, quando na agência de porte M2 a M5 há diferença no valor da função em relação à função de Gerência de Negócio, sendo uma demonstração clássica da quebra de isonomia no Banco. A propósito, a AFBNB defende que todas as distorções no plano de funções  sejam corrigidas, sendo esta um exemplo entre vários;

4.       Revisão do Plano de funções (PF) – com base no que está enfatizado no item anterior (3), a AFBNB entende que o banco deve reformular seu plano de imediato, haja vista já ter decorrido muito tempo. Assim, deve apresentar algo concreto, sem necessariamente continuar postergando para sabe-se lá até quando, como a história tem comprovado.

5.       Ponto Eletrônico – esse é que não constitui novidade mesmo. Embora caiba uma discussão, o banco deve de imediato implantar e ainda proceder com a devida manutenção dos que se encontram danificados. Logo, não é objeto de barganha para agora, já que é por demais antigo.

Esses são exemplos, fundamentados, de que alguns itens não passam de mera repetição com o intuito tão somente de barganhar. Isto fora os “penduricalhos” que não agregam nada, devendo, portanto, integrar uma política de recursos humanos para a instituição, de forma permanente, transparente, democrática e justa! Os trabalhadores do BNB merecem respeito e seriedade no trato das suas questões, não mais enrolação!

Os funcionários querem avanços e respostas positivas já! Querem melhorias! Querem novidade!

A AFBNB ao lado dos trabalhadores!

 Notícia do dia 11/10/2013.

Fonte: http://www.afbnb.com.br