Em dezembro de 2013, este Sindicato promoveu uma série de atividades contra a terceirização no Banco do Brasil, incluindo o fechamento de três agências: Ponta Negra, Jaguarari e Tirol, e um protesto em frente ao prédio da Superintendência. Além disso, publicou um artigo no Luta Bancária nº 28, último do ano de 2013, com o título FRAUDES EM BANCO E CONCURSOS, em que denuncia práticas fraudulentas em um banco público que atua no RN.
Como o teor do texto não se dirige diretamente ao banco nem a uma pessoa específica, o superintendente do BB no RN, infantilmente, vestiu a carapuça, isto é, tomou para si a denúncia, reagindo na forma conhecida como “a melhor defesa é o ataque”, e, imediatamente, ordenou ao gerente da PSO, Marcelo Jansen, que transferisse o funcionário do Banco e diretor do Sindicato Juvêncio Hemetério Filho.
A fraude a que se refere o Sindicato, agora com mais subsídios e informações, diz respeito a empréstimos na modalidade CDC Adiantamento 13º Salário aos servidores do Estado, sem a autorização do cliente. Trata-se de um procedimento impróprio de alcançar metas utilizando um programa denominado “Rodar o Robô”, que consiste em instalar nos computadores das agências um sistema que contrata e renova, automaticamente, de forma massificada, créditos aos clientes, sem a devida solicitação, levando a Superintendência no Estado a alcançar classificação de destaque no ranking nacional e, consequentemente, implicação direta e positiva na carreira funcional do Sr. Sérgio Cordeiro, superintendente do Banco do Brasil no RN.
O mais estarrecedor e intrigante é que esse fato chegou ao conhecimento da Auditoria do Banco que, após se certificar de que a fraude teve origem na Superintendência, paralisou a investigação, sem nenhum motivo justificável. Vale lembrar que falhas menos graves cometidas por funcionários que não contam com padrinhos colloridos são investigadas a fundo e os envolvidos são severamente punidos, muitos até com demissão. Isso prova que, lamentavelmente, há ingerências políticas na condução das investigações e só é punido quem não tem costas largas.
O perfil do Sr. Sérgio Cordeiro, já amplamente divulgado por este Sindicato, é de aniquilar todos aqueles que não lhe são submissos. Os critérios definidos por ele para a ascensão funcional e o exercício de cargos comissionados são pessoais, cargos esses destinados principalmente para seus amigos ou para aqueles de caráter fraco e de coluna dorsal flexível, e não de acordo com a capacidade, seriedade e competência dos funcionários concorrentes.
Foi adotando esse critério que ele autorizou a transferência do diretor do Sindicato Juvêncio da agência Ponta Negra para a do TRT. A lógica dele é simplista: isolando um diretor atuante (mas que não confunde seu papel de militante sindical com o de funcionário do Banco) num ambiente de poucos funcionários, o superintendente imagina que as denúncias de assédio moral, o combate às perseguições contra gerentes, com o famigerado downgrade, e as paralisações de agências irão findar. Grande ilusão. As perseguições e as práticas discriminatórias e antissindicais ferem a categoria, e a categoria bancária ferida é valente.
Os bancários estão preparados para travar mais uma batalha contra os arrogantes, os perseguidores e os assediadores do Banco do Brasil.