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Dilma economiza com construção de moradias e financiamento a agricultores.

14/01/14

O desespero do governo Dilma em dar uma satisfação aos banqueiros internacionais e aos órgãos e países imperialistas faz sua baixas na população brasileira. Para conseguir apresentar uma conta de R$ 75 bilhões de superávit primário (o que “sobra” do orçamento para pagar os juros da dívida pública – cada vez maior), Dilma passou a tesoura e atrasou pagamentos em especial voltados para a agricultura familiar, financiada pelo PRONAF; e no programa Minha Casa minha Vida, que disponibiliza subsídios e juros mais baixos para a população de média renda.

O levantamento feito pela ONG Contas Abertas junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) mostra que os chamados restos a pagar processados - gastos que foram reconhecidos em 2013, mas cujo pagamento foi postergado para 2014 - subiram fortemente e somaram R$ 51,3 bilhões no ano passado. Em 2012, esse valor foi de cerca de metade disso: R$ 26,3 bilhões.

Tradicionalmente, os restos a pagar processados ficam em torno de R$ 20 bilhões, mas vem aumentando no governo Dilma e explodiram em 2013. Dilma deixou para 2014 o pagamento de despesas que ocorreram em 2013 para poder maquiar as contas! Mas não apenas isso: com o atraso nos repasses, jogados de um ano para o outro, construtoras também atrasam as obras de moradias populares, agricultores não recebem recursos no tempo certo e o país como um todo e a classe trabalhadora em particular sofrem com o congelamento de investimentos.

As ações mais impactadas pelo adiamento de gastos foram relacionadas aos juros do setor agrícola e subsídios para a compra de imóveis do Minha Casa Minha Vida, sendo R$ 7 bilhões confiscados do crédito rural e R$ 5 bilhões da habitação ligada ao MCMV.

Além de levar à interrupção de obras e prejuízos a mutuários e agricultores, o calote do governo Dilma prejudica os bancos públicos, pois é a Caixa a responsável pelo MCMV, e é o Banco do Brasil o maior operador do crédito rural no país. Pior ainda é que, ao atrasar os pagamentos num montante tão significativo, todo o orçamento de 2014 já está comprometido com despesas passadas, ficando o ano de 2014 quase sem recursos novos e devendo existir praticamente apenas para pagar o que se contratou em 2013.

As contas do governo Dilma, seja neste aspecto fiscal e orçamentário, incluindo a arrecadação estagnada, assim como o aumento geral das importações e subida da inflação colocam o ano de 2014 como um ano que deve ser de grande aperto aos trabalhadores. Tudo leva a crer que as dívidas só irão aumentar, os preços vão subir e os salários serão congelados. O corte de investimentos sociais na saúde, no transporte e na moradia e agricultura familiar apenas completam este quadro, em que os trabalhadores precisam mais do que nunca derrotar Dilma, retomando as jornadas de junho e julho de 2013 com uma força ainda maior e um programa anticapitalista!