O aumento dos lucros da Caixa Econômica Federal em 2012 foi tema de uma ampla matéria na revista Isto é de 12/01/2014. Com base em um relatório da CGU, a revista alega que o Banco desativou 525.527 contas sem movimentação por até três anos e com valores entre R$ 100 e R$ 5 mil e lançou os valores confiscados como lucro no balanço anual da Caixa, à revelia dos correntistas e do órgão regulador do sistema financeiro. No total, segundo o relatório da CGU, o “confisco” soma R$ 719 milhões.
O relatório define a operação como ‘‘sem respaldo legal’’ e adverte que a operação examinada consiste em “potencial risco de imagem para todo o Sistema Financeiro Nacional”.
Ilegal
Não é de hoje que a Caixa adota este tipo de prática com o intuito de diminuir artificialmente custos e mascarar resultados, usando de manobras e outras artimanhas para seus executivos ficarem ‘‘bem na foto’’ perante o governo. No staff da Caixa criam-se vice-presidências, gerências nacionais e cargos a rodo na matriz para atender às cobranças dos partidos da base aliada e até da oposição. O que o governo tenta fazer é maquiar suas contas para esconder a crise econômica que já assola o país. A crise é sistemática e o país não passaria incólume por ela.
Muitos bancários pensam que isso é bom para o funcionário, pois incidiria na PLR. Ledo engano. Com as regras que amarram a participação dos trabalhadores, quem ganha com isso são apenas os acionistas; no caso da Caixa, o governo. Esperem o balanço de 2013, em março, e saberão para onde foi mandada a conta da fraude autorizada pelos executivos da Caixa.
Tenham certeza de que, enquanto a direção, sob a ordem do governo Dilma, continua aprontando dessas, os trabalhadores nas agências continuam sendo chicoteados, discriminados, lesados quando são obrigados a controles paralelos de horas. Os concursados não são convocados e quem está no dia a dia das agências vai trabalhar cada vez mais e ser tratado como gado.
