Embora tenha anunciado com pompa que pagaria a “MAIOR PLR DA HISTÓRIA” em 1º de abril, o BNB (Banco do Nordeste do Brasil), até o momento ainda não definiu o valor, como e quando se dará o pagamento da segunda parcela da PLR 2013 de seus funcionários – embora já tenha distribuído dividendos com os acionistas, desde 10/04/2014. Para os funcionários, até agora, a PLR é como “pé de cobra” e “orelha de freira”, por exemplo.
O BNB é o agente financiador das políticas de Desenvolvimento do Governo Federal no Nordeste e tem sido destaque por aplicações recordes ano a ano, como a mídia tem divulgado massivamente – nada justifica o desrespeitoso tratamento dispensado por uma diretoria atrás da outra, a seu corpo funcional.
Como filho da mesma mãe que outras instituições vinculadas ao Planalto, é inexplicável que esse filho receba tratamento diferenciado dos demais irmãos – que já distribuíram suas PLRs.
Por que uma mesma mãe trata filhos de forma diferente? É MÁ-drasta?
As entidades representativas de classe buscam respostas concretas. Em mensagem oficial emitida aos funcionários, o Banco informa que o pagamento aguarda “... tramitação junto aos órgãos supervisores e controladores do BNB” e pede que os mesmos “aguardem com tranquilidade o desfecho desse processo”.
Os funcionários têm tido muita tranquilidade. Muita. Os credores, no entanto, não. Aliás, nem o próprio banco é tolerante com a mora nos compromissos dos funcionários, por exemplo, ao não acatar os cheques sem suficiência. A PLR sofrerá ajuste monetário para compensar isso?
O pedido para aguardar “com tranquilidade” não atende aos anseios ou à expectativa criada pelo Banco junto a seus funcionários, razão pela qual em algumas agências as atividades foram retardadas no dia de hoje.
A diretoria do SEEB-RN está acompanhando estas mobilizações, fazendo e sugerindo discussões nos locais de trabalho, tendo indicação de fazer paralisações de advertência nas diversas unidades do Estado nos próximos dias – a partir de convocação de assembleia para deliberar este indicativo.
A diretoria reitera a expectativa que o presidente interino da instituição, hoje em Brasília, se manifeste pelo respeito ao que foi pactuado no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014, não só no que diz respeito a esta cláusula específica, mas ao conjunto de compromissos (inclusive morais) com prazos já extrapolados e não cumpridos, como a implantação do Ponto Eletrônico e aos resultados de Grupos de Trabalho criados para discutir CAPEF, CAMED, Plano de Cargos, Plano de Funções...
Por enquanto, o BNB está negando fogo.
Tomara não esteja faltando bala na agulha!