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Juros de crédito pessoal chegam a 1.000% ao ano, aponta BC

08/05/14

Levantamento feito pelo Jornal Correio Braziliense junto ao Banco Central, detectou que há instituições bancárias que chegam a cobrar quase 1.000% de juros ao ano em concessões de empréstimos pessoais.

Os valores nem sempre são percebidos, pois muitos consumidores não se atentam ao contrato, mas sim às baixas parcelas.Conforme o levantamento, os bancos e as financeiras que mais oferecem facilidades na concessão do empréstimo são os que têm as taxas mais altas.

O Banco Daycoval, por exemplo, que oferece crédito de “forma rápida, segura e sem burocracia,” cobra juros de 988,1% ao ano. Em segundo lugar neste ranking, com taxas de 827,9%, está a financeira Crefisa, cujo slogan é “dinheiro em até 24h para (cliente) negativado”. A terceira colocação é ocupada pelo Bradescard (Bradesco), que oferece cartões de loja para varejistas como Casas Bahia, C&A e o atacadista Makro: 370,5% ao ano.

Para o Professor do Insper e Especialista em Finanças Pessoais, Ricardo Rocha, ouvido pelo Jornal, o que leva os bancos a oferecer crédito com maior risco de calote é a maior possibilidade de ganho. “Em um contrato de 24 parcelas, se o cliente conseguir quitar seis ou sete, já terá pago um preço justo”, disse.

Cinco dos seis principais bancos do país cobram taxas que ultrapassam os 100% ao ano nessas operações. O Santander, que ocupa liderança neste grupo, cobra 236,3% ao ano. O HSBC, vice-líder, 229,1% anuais. A exceção é a CEF, que oferece cheque especial a 80,3% ao ano.