O chamado “Dia Nacional de Luta por isonomia de direitos entre todos os empregados daCaixa Econômica Federal”, nome pomposo para uma atividade inócua e governista marcada pela Contraf-CUT com o único propósito de simular fazer alguma coisa sobre um direito que ela mesma ajuda a esquecer e negligenciar em todas as campanhas salariais, acabou sendo um fracasso!
Marcado para o dia 11/09, foi marcado por cancelamentos da atividade (como em Brasília, principal concentração e sede da Caixa, onde nada aconteceu!) e por meia dúzia de diretores sindicais posando para fotos em algumas poucas localidades. Mais do que não servir para nada, estas pseudomanifestações, que se resumiram a estender faixas para registrar fotos sorridentes de dirigentes afastados da base, só cumpriram o papel de direcionar esta luta para o caminho institucional, já comprovadamente fracassado.
Em 10 anos de tramitação dos famigerados projetos da isonomia, eles já foram engavetados 2 vezes, e, da última seu relatório foi recusado. Justamente por um deputado do PT! O mesmo partido que comanda a Contraf-CUT...
A Frente Nacional de Oposição Bancária denuncia esta farsa promovida pelos sindicalistas pelegos ligados ao PT e ao PCdoB, que só pensam em reeleger Dilmae não têm como justificar a não concessão da isonomia, em 12 anos de governos do PT.
http://frentedeoposicaobancaria.org/noticias/encontro-da-isonomia-da-contraf-e-mais-um-engodo/
Inimigos da Isonomia
A Contraf-CUT, além de não fazer nada concreto pela isonomia, e de marcar atividades sem a participação da base, que são desmarcadas ou servem tão somente para registrar fotos publicitárias, presta, na prática, um desserviço à isonomia e se constitui como inimiga da luta por este direito.
Isso ocorre à medida que a Contraf-CUT, ao invés de uma postura combativa, exigindo a aplicação deste direito, faz o contrário: age como cabo eleitoral do PT e propagandista de que tudo já está ótimo e o governo só garante conquistas!
Segundo o site desta federação traidora dos bancários, há conquistas em todos os anos de PT, conforme uma tabela publicada em seu site, que ocupa uma página elencando supostos avanços; para, só ao final, em pouquíssimas linhas, reconhecer “o que ainda falta para conquistar”, listando apenas a Licença-prêmio e o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) ou anuênio, correspondente a 1% do salário-padrão a cada ano trabalhado até 35 anos de atividade.
Nenhum governista conseguiria ser tão complacente com os patrões e responsáveis por acabar com a isonomia como a Contraf-CUT faz. Fica evidente que, com este pessoal, é impossível avançar em qualquer coisa.
Por uma campanha de verdade
A luta pela isonomia, tanto quanto a licença-prêmio e o anuênio, engloba o direito a um plano de Benefício Definido de Previdência para os novos funcionários, o fim das perseguições aos empregados que seguem no plano Reg/Replan, a isonomia no que trata das VP, e a isonomia entre os empregados da ativa e os aposentados (paridade no salário, reajustes, benefícios, tickets, etc).
E isso só pode se tornar realidade através de uma campanha nas ruas e nos piquetes de greve pela isonomia, como parte de uma campanha alternativa sustentada numa pauta alternativa, que exige 35% de reajuste, a reposição das perdas, PLR linear, estabilidade no emprego, fim das metas e do assédio, piso do Dieese, redução da jornada de trabalho e isonomia de verdade!