Após mais de um mês de negociações, que na realidade só reafirmaram a forma desrespeitosa e a natureza de “embromação” que têm marcado esses processos, finalmente o comando de negociação parece ter se dado conta de que a greve, que já estava na ordem do dia há algum tempo por clamor da base, deve ser encaminhada.
Com a “gota d’água” da negativa patronal (Fenaban, pelos bancos privados, e governo federal, pelos bancos públicos), com uma proposta rebaixada de 7,5 % no piso e 7% nas demais verbas, que nem de longe sinaliza em repor as perdas acumuladas ao longo de anos, foi estabelecido um calendário de mobilizações com o indicativo de greve geral da categoria, por tempo indeterminado, a partir do dia 30 de setembro.
O calendário sinaliza a realização de assembleias até a quarta-feira (25), para deliberação, e uma nova assembleia no dia 29, para a organização do movimento paredista. É fundamental todos ficarem atentos à convocação das assembleias, em cada base, organizadas pelos sindicatos.
No BNB a luta não é só pelos “vinte centavos”
Os bancários de modo geral têm motivos comuns para irem à greve. Mas também existem as especificidades em cada banco as quais, somadas ao que é coletivo, mobilizam e justificam ainda mais a razão de ser da luta e da greve.
No BNB, conforme a Associação tem defendido, motivos não faltam, além das questões econômicas. Sobretudo pelo fato de haver demandas que se arrastam há anos, sem a devida correspondência por parte da gestão do Banco, e, quando muito, figuram nos Acordos Coletivos de Trabalho a cada ano, mas não são cumpridas.
Assim, os funcionários do BNB estão na luta, e vão à greve mais uma vez, por: reposição das perdas salariais, PLR integral, Plano de cargos e salários digno, dignidade previdenciária e de saúde (recomposição do plano BD – Capef, e revogação dos aumentos abusivos na Camed), fim do assédio moral e do trabalho gratuito, ponto eletrônico com travamento no sistema, Isonomia de tratamento; por uma política estruturante em decorrência do endividamento, por uma política de recursos humanos humana, por igualdade de oportunidades, pelo fim dos privilégios e da subjetividade nos processos de concorrência internos, entre várias outras medidas que urgem ser adotadas no Banco em respeito e valorização aos seus recursos humanos. “Só a luta muda a vida”.
A AFBNB ao lado dos trabalhadores.
Gestão Autonomia e Luta.