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Ilegal

19/11/14

O Sindicato esteve nesta quarta-feira, 19, visitando as agências Potengi e Ribeira e encontrou um quadro avançado de terceirização na Caixa Econômica Federal. Há pessoal terceirizado nos serviços prestados (através da JMT), via estágio, menor e jovem aprendiz e a mais avançada delas: Caixa Crescer (agentes de microcrédito).

 

As pessoas estão exercendo as funções de bancários, recebendo muito menos, com quase nenhuma garantia trabalhista, sendo exploradas ao extremo, em péssimas condições de trabalho e usando toda a estrutura do Banco.

 

As pessoas são contratadas como vendedores externos, trabalham foram das agências correndo todo o tipo de riscos e sem qualquer tipo de EPI (como protetor solar). Recebem um salário comercial que podem ser acrescido de vantagens remuneratórias, mas eles sequer sabem como são calculadas suas gratificações. Existem metas para serem cumpridas e tetos, ou seja. Atingindo o limite do mês a produção fica como lucro para a empresa. Em caso de inadimplência dos clientes, também é descontado da remuneração variável.

 

O local de trabalho na agência Potengi é completamente insalubre. Uma sala minúscula, sem janelas e refrigeração adequada, muitas caixas e sem local para abrigar todos os trabalhadores que se viram como podem sentando no chão para preencher seus relatórios.

 

O ambiente na Ribeira é até melhor, pois a empresa ocupa um local amplo e refrigerado, com três terminais de computadores, armários, mesas e cadeiras. Seria positivo, caso tudo não fosse de propriedade da própria Caixa, incluindo equipamentos eletrônicos e material de escritório. Ou seja, nem mesmo os custos de funcionamento são pagos pela empresa. Ficam na conta da sociedade, uma vez que trata-se de um banco público.

 

A Caixa Crescer é uma empresa terceirizada do grupo Par Corretora, isto é, trata-se de uma “quarteirização” da atividade fim do Banco, que a venda de dinheiro. Se a situação está dessa forma hoje, imaginem quando for aprovado o PL 4330 que regulamenta a terceirização da atividade-fim. Cada vez menos direito para o trabalhador!