Uma prova de que os “ajustes” anunciados pelo governo é jogar a conta da crise nas costas do trabalhador é o anúncio do lucro dos bancos que vem ocorrendo esta semana. Aumento na lucratividade e redução de empregos vêm sendo a tônica dos anúncios.
Itaú
O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira (3) que encerrou 2014 com lucro líquido de R$ 20,242 bilhões, 29% acima do resultado de R$ 15,696 bilhões registrado um ano antes.
No quarto trimestre de 2014, o banco teve lucro de R$ 5,52 bilhões, contra R$ 4,646 bilhões no mesmo período de 2013 e de R$ 5,404 bilhões nos três meses anteriores.
Em 2013, o lucro do Itaú Unibanco foi o maior da história dos bancos brasileiros de capital aberto, de acordo com levantamento da consultoria Economatica.
Bradesco
Na segunda-feira, 02, o Bradesco, segundo maior banco privado do país, estreou a temporada de balanços das instituições financeiras brasileiras e informou ter registrado lucro líquido de R$ 15,089 bilhões, valor 25,6% superior aos R$ 12 bilhões registrados em 2013.
Santander
O Banco Santander, principal banco da Eurozona, registrou em 2014 um lucro de 5,82 bilhões de euros, uma alta de 39,3%, graças ao aumento da atividade e de uma redução das provisões.
Mas no quarto trimestre de 2014, o lucro líquido do banco espanhol, em processo de transformação estimulado por Ana Botín, sua nova presidente, caiu 9,3%, a 1,46 bilhão de euros.
No início de janeiro, o banco havia calculado o lucro em 5,8 bilhões de euros e procedeu um aumento do capital de 7,5 bilhões de euros para melhorar a solvência da instituição.
O produto líquido bancário, indicador do valor agregado obtido pelo banco, progrediu 4% no ano passado, a 29,55 bilhões de euros, segundo um comunicado do banco.
Ana Botin, que sucedeu o pai Emilio, falecido em setembro, adotou uma nova estratégia de crescimento.
Pela primeira vez desde o início da crise econômica, o lucro do banco aumentou nos 10 principais mercados, entre eles Grã-Bretanha, Espanha, Brasil e México, segundo o Santander.
O banco reduziu em quase 1% seus custos e as provisões duvidosas em 14%, segundo o comunicado.
Com informações do G1