Após ter comprado o Bamerindus a preço de banana em uma negociação cheia de politicagem. Após ter explorado os trabalhadores brasileiros em busca de lucros exorbitantes para manter o funcionamento deficitário dos bancos europeus. Após ser denunciado por “ajudar” criminosos a sonegarem impostos nos seus países de origem. O HSBC anuncia que pretende fechar as portas no Brasil por falta de lucratividade.
O anúncio foi feito no dia 24 de fevereiro pelo presidente mundial do HSBC, Stuart Gulliver que, sob alegação de que a fraqueza do Produto Interno Bruto (PIB) prejudicou seus negócios no país, a instituição reportou ontem prejuízo antes de impostos de US$ 247 milhões (R$ 711,1 milhões) em 2014.
Gulliver deu um ultimato aos funcionários no Brasil: se, em um ou dois anos os resultados positivos não voltarem, o banco poderá ser posto à venda. Mais uma vez a conta é empurrada para os trabalhadores.
Enquanto isso, a imprensa brasileira silencia sobre maior escândalo de lavagem de dinheiro da história, cujo ajudou 8 mil brasileiros a sonegar impostos. Isso nos leva a questionar: a quem interessa que esses crimes não sejam investigados e/divulgados? Empresas brasileiras que são acusadas há anos de sonegação de impostos podem estar envolvidas, bem como políticos de vários partidos.
Neste momento o que importa é que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que, na pior das hipóteses, o banco venda seu funcionamento para alguma instituição que mantenha a maior parte dos trabalhadores em seus postos.