Uma greve difícil, mas sobretudo forte. A análise da diretoria do Sindicato se explica pelas adversidades enfrentadas pelos trabalhadores em quase 20 dias de paralisação. Mais uma vez os banqueiros apelaram para a justiça burguesa que anda sempre de mãos dadas com o poder, salvo raras exceções, e até para a polícia. Exemplo disso foi o episódio lamentável ocorrido dia 7 de outubro em frente ao Itaú Centro, quando a direção do Banco chamou a polícia para coibir o piquete dos grevistas e empurrar os bancários para dentro da agência.
Para o diretor financeiro do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Juvêncio Hemetério, a análise da greve 2009 também deve levar em conta o desmonte do movimento pela Contraf/CUT. “Ao ignorar as perdas que a categoria acumula desde julho de 1994, a Contraf-CUT já começa desmobilizando a base. E independente da data unificada para o início da greve, temos que ter a consciência de que poderíamos ter avançado este ano não fosse a traição de um Comando vendido que atua contra os trabalhadores”, disse.