Trabalhadores terceirizados da empresa Safe, que prestam serviço à UFRN, foram demitidos por reclamarem do atraso de seus salários. O Sindicato dos Bancários esteve presente em Ato Público na manhã desta quarta-feira, 13, para apoiar os colegas.
Entenda o que ocorreu na matéria publicada no LB 12:
SAFE: exemplo de como a terceirização massacra o trabalhador
Seguindo o esquema de precarização do trabalho terceirizado, a empresa SAFE submete seus empregados às piores condições de trabalho. Atrasos recorrentes nos pagamentos de salário, de férias e vale-alimentação e transporte; falta de equipamentos de proteção e materiais de trabalho adequados; descumprimento da obrigatoriedade de depósito de FGTS, falta de isonomia com relação aos concursados no exercício da mesma função; descumprimento do direito a férias obrigando os empregados a venderem suas férias, assédio moral por parte dos encarregados para com os ASGs, descontos no vale-alimentação mesmo em casos de falta justificadas, dentre outros problemas.
Diante da postura da SAFE, os trabalhadores se mobilizaram nos últimos meses em defesas do direito vital ao seu salário e melhoria nas condições de trabalho. Diversos setores dos terceirizados da UFRN paralisaram suas atividade e no dia seguinte fizeram um ato na Reitoria. Isso culminou em uma reunião da Comissão dos terceirizados com a SAFE (empresa responsável perla contratação dos funcionários) e a Pró-Reitoria de administração em um primeiro momento, no segundo momento incluindo a direção do DMP. Todas as vezes em que houve movimentos dos trabalhadores, antes de meio dia os salários eram pagos, mostrando que há uma negligência por parte da empresa e conivência da UFRN em admitir os desmando da SAFE, sem nenhuma punição.
Agora, como se não bastasse, no dia 27 de abril um dos membros da Comissão foi demitido sumariamente, sem nenhuma justificativa ou justa causa. O objetivo da SAFE é aterrorizar os demais trabalhadores.
Nós trabalhadores, organizações sindicais e representantes dos movimentos sociais em geral, REPUDIAMOS essa atitude da empresa SAFE, principalmente diante do contexto atual de aprovação do PL 4330 que intensifica a exploração dos terceirizados em nosso País, e EXIGIMOS uma atitude da Reitoria em reverter essa demissão e evitar outras em virtude da organização da luta por direitos. Não é possível aceitar tal atitude autoritária e ditatorial da SAFE dentro de uma instituição acadêmica que deve prezar pela liberdade de expressão e de pensamento e zelo pelo cumprimento dos direitos trabalhistas.