A categoria decidiu em assembleias por todo país pela suspensão da paralisação, mas indicativo de greve continua
A campanha nacional e a recente greve realizada pelos petroleiros de base da FNP (Frente Nacional de Petroleiros) conquistaram a proposta de nova negociação com a Petrobras. Em assembleia, a categoria decidiu que durante este período a paralisação será suspensa, porém indicativo de greve permanece. A empresa se manifestou dia 16 e marcou reunião para esta terça-feira, 20/10.
No Rio de Janeiro ocorreram assembléias na manhã de hoje, e até que a negociação com a empresa ocorra, o indicativo de paralisação permanece. Segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Eduardo Henrique, foram discutidos nas assembleias o calendário da campanha e uma possível plenária nacional. “Vamos esperar a reunião com a empresa para decidirmos os encaminhamentos da greve”, declarou Eduardo.
O diretor do Sindicato dos Petroleiros de SE/AL, Clarkson Nascimento, disse que a greve foi suspensa, porém as mobilizações continuam e todo país. “Faremos assembleias nas bases e chamaremos a unificação das lutas, iremos analisar a proposta que será apresentada pela empresa, mas seguiremos com nossa campanha”, alertou o diretor.
Em São José dos Campos, e Baixada Santista, as assembleias também decidiram pelo término da paralisação, porém se não houver acordo favorável para os trabalhadores, a greve continua.
A greve dos petroleiros foi deflagrada após proposta rebaixada feita pela empresa. No Litoral Paulista e Sergipe, a greve foi intensa, chamando os outros estados em campanha nacional. Os seis sindicatos da base da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiram pela paralisação. A categoria está em campanha salarial e entre as principais reivindicações estão 10% de aumento real e a campanha o petróleo 100% Estatal.
Nota aprovada nas assembleias do Sindicato do Rio Grande do Norte aponta que seja convocada imediatamente uma reunião entre a direção da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e da FNP visando uma avaliação conjunta da campanha reivindicatória e da greve deflagrada pela FNP; para empreender todos os esforços políticos no sentido da unificação do calendário de lutas visando à unidade de ação com greve geral no Sistema Petrobrás por uma mesa de negociações unificada.