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Santander utiliza métodos inquisitoriais para demitir funcionários

17/06/15

O Brasil é o país que gera mais lucro para o espanhol Santander. Mas, mesmo obtendo lucros astronômicos, continua a aterrorizar os seus funcionários com pressão na cobrança de metas e ameaças de demissão.
 
Em 2013 e 2014, essa senzala espanhola lucrou quase R$ 12 bilhões e mesmo assim fechou 4.683 postos de trabalho. Ou seja: entre demissões e contratações, quase 4,7 mil trabalhadores foram demitidos.
 
Além dos demitidos que são penalizados porque ficam sem emprego de uma hora para outra, os trabalhadores que permanecem na empresa são obrigados a realizar o próprio serviço e o dos que foram mandados embora, o que gera extrapolação de jornada, desvio de função, acúmulo de serviço e, consequentemente,  adoecimento.
 
Há algum tempo, o Satãder tem se utilizado de meios intimidadores para desligar funcionários: o GOE (Gerência de Ocorrência Externa)  e o GOI (Gerência de Ocorrência Interna). Esses dois setores do banco agem como verdadeiras entidades inquisitoriais convocando funcionários parar ir a reuniões sem que esses trabalhadores saibam do que se trata.
 
Quando chegam para serem ouvidos, em salas fechadas e sozinhos, são obrigados a responder uma série de perguntas que chegam a durar todo o dia, como se fosse um interrogatório policial. Nesses interrogatórios, os representantes do banco já começam insinuando que o funcionário é culpado.
 
Mesmo alegando inocência, na maioria das vezes o inquérito termina em demissão (motivada ou imotivada) ou então, na melhor das hipóteses, em advertências.
 

Ilegal? A prática utilizada pelo banco de intimidar as pessoas é totalmente irregular na visão do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, já que os motivos da convocação estão supostamente ligados a algum descumprimento de norma que o bancário comete no desespero de atingir as metas absurdas impostas pelo banco.
 
Sindicato tem dito aos bancários que, em primeiro lugar, não façam nada fora dos normativos, e se  forem convocados, que eles não são obrigados a assinar nenhum documento de próprio punho e nem dar nenhum depoimento por escrito. Se por acaso tiverem de assinar, o banco tem de dar uma cópia do que foi assinado.
 
Para tentar coibir essa forma de inquisição por parte do banco, o departamento jurídico do Sindicato está analisando formalizar uma denúncia ao Ministério Público, e também orienta os  funcionários que se forem convocados para prestar esclarecimento, conversem com um dirigente sindical antes.