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Bancos fecharam 2,8 mil postos de trabalho no primeiro semestre

29/07/15

Depois de estudar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Dieese anunciou no dia 21 que os bancos fecharam 2.795 postos de trabalho no Brasil no primeiro semestre de 2015.
 
Os bancos múltiplos, como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e HSBC, eliminaram 729 empregos no período. Mas o grande destaque negativo foi mesmo a Caixa Econômica Federal, que, sozinha, cortou 2.058 postos de trabalho nos primeiros seis meses do ano.
 
A enorme redução do número de empregados é resultado do PPA, o Plano de Preparação à Aposentadoria que o banco lançou no último dia de fevereiro. Procurada pela reportagem do Valor Econômico, a Caixa não informou quantos empregados aderiram ao programa.
 
O BB também está cortando postos de trabalho. Em meados de junho lançou o Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI), que teve adesão de 5,1 mil funcionários. Infelizmente, boa parte dessas vagas será extinta, já que a  meta, com o PAI, era atingir 7,1 mil funcionários.
 
Rotatividade
 
Assim como o enxugamento do quadro de funcionários, a rotatividade é outra tática utilizada pelos bancos para obterem lucros maiores. De acordo com o estudo do Dieese, nos quatro primeiros meses do ano os bancos admitiram 16.905 e desligaram 19.700 funcionários.
 
O salário médio dos admitidos foi de R$ 3.457,49, contra R$ 5.957,73 dos desligados. Dessa maneira, os novos empregados receberam, em média, um valor 58% menor do que recebiam os colegas dispensados.
 
Lucro
 
Em apenas três meses, os cinco maiores bancos em operação no País lucraram, juntos, R$ 19 bilhões. O setor financeiro é um dos poucos que não estão em crise no Brasil. Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/CSP-Conlutas, os bancos fariam melhor se contratassem mais trabalhadores, em vez de contribuírem para afundar ainda mais o Brasil.