Notícias

BB mantém relacionamento com empresas que usam trabalho escravo

08/09/15

O Banco do Brasil, enquanto instituição controlada pelo governo, deveria exigir que seus clientes e parceiros tivessem práticas éticas e cumprisse a legislação do país. Infelizmente, apesar disto estar escrito no seu código de ética e em outras normas, na prática não vemos esta preocupação. Conforme reportagem da UOL (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/09/1676543-mp-do-trabalho-pede-que-mrv-pague-por-trabalho-analogo-a-escravidao.shtml), a MRV está novamente envolvida em mais uma denúncia de trabalho escravo. O Ministério Público do Trabalho pede que a MRV seja condenada a pagar indenização por dano moral pela utilização de trabalho escravo.  Desde janeiro de 2013, a CEF suspendeu todas as novas operações com a MRV por esta empresa estar na lista de trabalho escravo. Infelizmente, no BB esta empresa é considerada a cliente preferencial nas operações de crédito imobiliário do banco.

Hoje, dia 02, a UOL  publica reportagem no seu site (http://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2015/09/01/juiz-condena-odebrecht-por-trabalho-escravo-e-trafico-de-pessoas-em-angola.htm) afirmando que a Odebrecht, companhia que é outro cliente muito importante do Banco do Brasil e da própria CEF, foi condenada por trabalho escravo e tráfico de pessoas em Angola, pela  2ª Vara do Trabalho de Araraquara (SP). O  juiz Carlos Alberto Frigieri diz que “as empresas denunciadas deixaram de proporcionar aos operários meio ambiente de trabalho adequado, condições mínimas de higiene nos banheiros e refeitórios, tornando o trabalho mais penoso e mais sofrida a estadia, um verdadeiro calvário, com a agravante de que muitos trabalhadores adoeceram no local”.

Manter um relacionamento privilegiado  com clientes que têm este tipo de prática é inaceitável por uma empresa que afirma prezar por valores éticos. O BB, enquanto banco controlado pelo governo, deveria ter um compromisso de privilegiar a maioria da sociedade: os trabalhadores.