O QUE NOS MOVE À LUTA....
O que norteia a atuação deste grupo, sob o comando de companheiros como Liceu, Juvencio, Joãozinho, Gilmar e outros e que dirige nosso Sindicato desde 2004, sempre apontando outro caminho, diferente direção sindical cutista, tem tudo a ver com o legado deixado por lutadores como Campelo;
Aprendemos na oposição e no debate político que uma entidade de classe deve estar acima dos interesses individuais e imediatistas como é, por exemplo, a justa luta por melhres salários;
Uma entidade da classe trabalhadora deve ter como estratégia a transformação da sociedade, para que não ajam exploradores e nem explorados e sim para que todos possam usufruir igualmente das riquezas que existem no mundo e que foram criadas pelo trabalho; para que todos tenham paz, saúde, pão, lazer e vida para além dos ambientes fabris, dos bancos, das lojas, das construções, do ambiente laboral.
COMO TRATAR OS RECURSOS DOS TRABALHADORES
Uma entidade de classe tem que ser gerida com transparência, eficiência e precisa priorizar os recursos dos trabalhadores para a luta dos trabalhadores. A oposição disse que quebraríamos o Sindicato, mas hoje nossos resultados provam que só fizemos crescer nossas reservas e nosso patrimônio. Que nossa sede e nosso auditório sejam da sociedade; que sejam locais de encontros, debates, seminários, filmes, shows e cultura, sempre a serviço das lutas.
MULHERES e MINORIAS
Tenho a honra de ser a primeira mulher eleita para o cargo máximo desta Entidade e é por isso que quero dirigir minhas palavras, especialmente às minhas companheiras mulheres, homenageando assim as demais lutadoras da classe e tantas militantes mortas por defender a sua classe, em busca de melhores condições de trabalho, salário, creches e acesso a saúde para si e para seus filhos;
A sociedade não avança e a justiça não acontece sem a luta das mulheres. Uma entidade que defende a classe trabalhadora precisa combater a exploração e o machismo; as mulheres representam a metade da população e da classe trabalhadora. Contudo a sociedade ainda lhes nega igualdade salarial e sexual, o direito ao aborto em condições de higiene e saúde e lhes impõe ainda mais exploração quando as trata apenas pelo gênero e não como classe.
Este também é um problema que precisa ser superado pelos Sindicatos, abarrotados de casos de machismo, homofobia e assédio moral e sexual dirigido às companheiras sindicalistas e lutadoras, bem como aos homossexuais e negros. Nenhuma sociedade se transformará sem as mulheres e sem reconhecer os direitos das minorias. Queremos os homens ao nosso lado na luta e não a guerra entre os sexos que só reproduz os valores burgueses.
A FORÇA DA BASE
Um Sindicato precisa ser forte a partir da sua base; tem que ter independência de partidos, de governos e de patrões e precisa ser financiado apenas pelo contribuição e associação voluntária dos trabalhadores; e é por estas e outras razões que devolvemos o imposto sindical a todos os trabalhadores da nossa base, sejam eles sindicalizados ou não; não temos clientes, temos associados; não temos remuneração além do nosso salário do banco, e somos contra esta prática já defendida e até adotada por alguns outros sindicatos; priorizamos a luta direta embora busquemos também a ação da justiça burguesa, na qual não podemos entregar nosso futuro e nossas vidas. Nosso futuro temos que construir com nossas lutas para sermos sujeitos da nossa história.
CSP-CONLUTAS
Estamos construindo a CSP-Conlutas como alternativa ao atrelamento de outras centrais ao governo e a partidos. Em bancários estamos construindo a FNOB em oposição à Contraf e na busca de impor uma terceira mesa que negocie a pauta dos bancários. Afinal entendemos que “só a luta muda a vida” e que “é preciso mudar o mundo e depois mudar o mundo mudado”.