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Bandidos explodem caixa eletrônico em prédio da reitoria da UFRN

05/10/15

Bandidos armados explodiram o caixa eletrônico do Banco do Brasil localizado no prédio da reitoria da Universidade Ferderal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, no final da noite deste sábado (3). A ação aconteceu por volta das 23h e, de acordo com o Departamento de Segurança Patrimonial da UFRN, levou cerca de três minutos.

Imagens do circuito interno de segurança da universidade gravaram o momento em que os homens explodiram o caixa eletrônico. A quadrilha chegou ao local em dois carros, um Idea prata e um Ford Ka branco. Os veículos foram abandonados no bairro de Mirassol, na Zona Sul da capital potiguar, nas imediações da UFRN.

Ainda de acordo com as informações fornecidas pelo Departamento de Segurança Interno, os bandidos contavam com armamento pesado, inclusive com um fuzil. Pelo menos oito homens participaram da ação.

Policiais militares e civis estiveram no local ainda durante a noite de sábado, mas ninguém foi preso. As investigações serão de responsabilidade da Polícia Federal, uma vez que a UFRN é uma autarquia Federal.

A reitora Ângela Paiva aguarda um posicionamento da Polícia Federal e da segurança do Banco do Brasil para saber se a área será liberada ou se o funcionamento da reitoria será alterado. A reitora também informou que vai pedir uma vistoria do Corpo de Bombeiros para analisar os danos estruturais decorrentes da explosão que chegou a rachar uma viga de concreto.

Por volta das 10h deste domingo (4), os policiais federais isolaram parte da reitoria para realização da perícia.

Insegurança
Enquanto a quadrilha explodia o caixa eletrônico, cerca de 50 universitários integrantes de um projeto de extensão da UFRN estavam arrumando salas de aula no setor de aulas I, localizado nas proximidades do prédio da reitoria. Ao ouvir a explosão houve correria e os estudantes acabaram se refugiando em uma sala de aula.

"Tínhamos acabado de organizar as salas do bloco A, que é o bloco mais próximo da reitoria no setor I, estávamos voltando pelo corredor quando ouvimos um barulho muito forte. Nosso primeiro pensamento foi que tinha ocorrido alguma coisa dentro de uma das salas: que um quadro ou alguma coisa pesada tinha caído... Fomos ver se alguém tinha se machucado, mas como não identificamos nada de anormal, dois alunos foram em direção a reitoria para falar com um dos seguranças que ficam por lá. Foi aí que o segurança mandou que os alunos voltassem, porque tinham acabado de arrombar o caixa eletrônico da reitoria", relatou relatou Alan Monteiro, estudante do 8º período do curso de direito. "Reunimos o pessoal todo em uma sala, para que ninguém ficasse sozinho, no escuro, até que tivéssemos uma notícia mais concreta do que havia acontecido", completou.

A estudante Lizete Nóbrega, que cursa o 6º período de jornalismo na universidade, estava no mesmo setor de aulas com outro grupo de estudantes e relatou a sensação de insegurança. "Quando eu entrei na sala para arrumar minhas coisas para ir embora, vi todo mundo correndo em direção a sala que eu estava dizendo que estava acontecendo um assalto. Quando todos já estavam concentrados, chegou a informação de que explodiram um caixa eletrônico e aí o pânico tomou conta da maioria das pessoas, inclusive de mim", disse a estudante.

Ainda segundo o relato da estudante, um grupo conseguiu entrar em contato com a Polícia Militar, que orientou que os estudantes permanecessem na sala até a PM liberar a área, no entanto, nenhuma informação chegou por parte da polícia.

"Eram cerca de 50 estudantes que não sabiam o que fazer até que recebemos por telefone a orientação da polícia de ficarmos todos na sala até a PM liberar a área e foi isso que fizemos. Por 30 minutos ficamos lá sozinhos esperando algum policial chegar para nos liberar, mas isso não aconteceu", explicou a estudante.

Os dois estudantes ainda criticaram a falta de segurança no Campus central da UFRN. "Essa situação serve de crítica a UFRN pela diminuição dos recursos para a segurança, ali é um ambiente propício ao crime, com locais escuros e escondidos. Acho que temos poucas câmeras de segurança", finalizou Alan.