O HSBC anunciou que aplicará um redutor de 26,22% na primeira parcela da PLR, atropelando o que havia sido acordado na mesa de negociação. Pela regra anunciada pelo banco, os bancários receberão como antecipação da PLR o valor de 39,84% do salário mais R$ 453,01 fixos, além de R$ 251,75 referentes à PLR Adicional (2% do lucro líquido distribuídos linearmente para todos os funcionários).
Durante a última reunião de negociação, os dirigentes sindicais analisaram o balanço do primeiro semestre do banco com a assessoria do Dieese. Segundo dados apurados pelo movimento sindical, o lucro do banco inglês foi R$ 2,1 bilhões, valor que consta do balanço contábil e será usado como parâmetro para o pagamento dos executivos e acionistas do banco. Porém, para efeitos da distribuição da PLR da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009/2010, esse resultado aparece como R$ 250 milhões. O motivo são diversas manobras no balanço da empresa, entre elas um aumento muito acima do esperado nas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD).
“É uma vergonha! O HSBC adquiriu o Bamerindus, a preço de banana, em março de 1997, e de lá pra cá acumula lucros extraordinários às custas da exploração dos funcionários e clientes demitindo e perseguindo! Na hora de pagar a PLR, fica se utilizando de manobras como essa para mais uma vez atacar os trabalhadores. É importante ressaltar que essa manobra só é permitida porque temos um comando pelego -CONTRAF/CUT- que faz uma negociação rebaixada, e com regras de PLR não muito claras, permitindo aos banqueiros sanguessugas se utilizarem deste tipo de manobra para atacar”, afirmou o diretor de formação do Sindicato e funcionário do HSBC, Eduardo Xavier.
