Já passamos do segundo dia de greve e a Fenaban ainda não chamou para uma nova negociação. Por isso, é importante ressaltar a importância dos bancários se manterem firmes não só contra a proposta vergonhosa de índice feita pela Federação e o Governo Dilma, mas principalmente, contra a política de abono em detrimento a valorização salarial.
Para se ter uma ideia, a política do abono não repercute no salário e terá consequências negativas a curto prazo. Isso porque não reflete em recursos para o INSS, FGTS, PREVI, CASSI, FUNCEF, SaúdeCaixa, CAMED e CAPEF.
Os funcionários do Banco do Brasil precisam ter uma preocupação a mais: a CASSI. A situação financeira da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) já está insustentável, operando com um déficit de R$ 108 milhões. Caso os bancários aceitassem a oferta feita pela Fenaban de apenas 5,5%, estaria sendo perdido, somente neste ano, em relação à inflação, 4,33%. Isso, em número reais, daria um rombo de R$ 66 milhões.
Se os bancários aceitarem algo desse tipo a situação da CASSI que já é bastante preocupante pode se tornar insustentável e quebrar de vez. Os bancários não podem pensar apenas em valores líquidos, mas sim em todas as implicações que uma proposta como esta pode trazer a sua vida, a curto e longo prazo.
