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Procon se coloca a serviço dos banqueiros

15/10/15

O Procon resolveu fiscalizar a greve dos bancários. Agora devemos nos perguntar : qual interesse que eles estão defendendo? Do cliente, ou do banqueiro? Isso porque, durante todo o ano não vemos qualquer tipo de fiscalização por parte do órgão.
Temos demandas de todo o tipo nos bancos: seja de não cumprimento da lei das filas, seja de cobrança de juros exorbitantes e taxas excessivas, ou ainda, na não contratação de pessoal mínimo para a oferta de serviços aos clientes.
No entanto, apesar de o órgão ser de caráter fiscalizador da relação da prestação de serviços e produtos entre consumidor e empresa, estranhamente se coloca a fiscalizar a greve dos bancários, como se fosse um órgão relacionado às relações trabalhistas.
Veja bem, a lei de greve, determina, por exemplo, a manutenção da compensação bancária. Serviço este que está sendo realizado. Mas querer abertura de agências, é defender um dos lados da relação trabalhista. Claramente, o lado do patrão.
Vamos dizer não a esse discurso demagogo de defesa do consumidor. Quanto ao percentual de bancários que devem permanecer trabalhando, ele é definido em convenções trabalhistas ou por meio de sentença, quando a greve é submetida ao Judiciário para julgamento, o que não é o caso. Não falta dinheiro nos caixas e a legalidade do movimento está sendo mantida.
Há quem interessa enfraquecer a greve dos bancários?