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Em busca de justificar a privatização da Caixa governo segue precarizando serviços

15/10/15

A Caixa Econômica Federal lidera, pelo terceiro mês seguido, o ranking de reclamações de clientes bancários. Em setembro, o Banco Central (BC) recebeu 842 reclamações contra a instituição consideradas procedentes.
Segundo o BC, a maioria das queixas contra a Caixa é de irregularidade relativa a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços de cartões de crédito.
Para fazer o ranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes.
No caso da Caixa, o índice ficou em 10,88. Em seguida, vem o Bradesco, com índice em 9,28. Em terceiro lugar ficou o Itaú, com 7,69. No ranking estão as instituições financeiras com mais de 2 milhões de clientes.
A maioria das reclamações registradas em setembro foi relacionada à restrição de portabilidade de operações de crédito consignado, com 435 casos considerados procedentes. Em seguida estão as irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, ao sigilo ou à legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito (411 casos). Em terceiro lugar ficaram as queixas relativas a débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente, com 293 situações.
Em nota, a Caixa disse que adota medidas para aprimorar o atendimento, produtos e serviços, para garantir a satisfação dos clientes. O que vemos é um cenário montado para justificar a futura privatização da empresa. É a cultura do quanto pior melhor.
“A Caixa vive dizendo que adota medidas para melhorar o atendimento, mas não especifica quais são e as reclamações continuam sendo gigantescas. A Caixa tá empurrando com a barriga um problema crônico que é a falta de pessoal”, avaliou Marta Turra, coordenadora-geral do SEEB RN.