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BNB se nega a cumprir acordo coletivo

15/04/16

Conforme Ata disponível no site da CVM, a Assembleia de acionistas do Banco do Nordeste assim se posicionou quanto à PLR:
 
"quanto à destinação do lucro líquido do exercício, de 2015, pela aprovação da proposta apresentada pela companhia, ressalvado o valor referente à Participação dos Lucros e Resultados - PLR, que deve se adequar ao limite proposto pelo DEST na Nota Técnica de no. 2711/2016-MP, de 21 de março de 2016, qual seja: até R$ 18,342 milhões, correspondentes ao limite de 25% sobre o montante R$ 73,370 milhões pagos a título de dividendos.".
 
 
Não obstante haver o provisionamento de R$ 52,832 milhões para essa rubrica no Balanço 2015 (já bem reduzido em relação ao valor de 2014, que fora R$ 90,672 milhões), esse valor não será o efetivamente pago, por limitação imposta pelo DEST, em 25% do valor destinado aos dividendos. Considerando que somos mais de 7000 trabalhadores, os valores não são distribuídos linearmente e ainda teremos o "desconto" do valor já adiantado..., frustram-se TODAS AS EXPECTATIVAS de recebimento de uma PLR compatível com o esforço empenhado pelo corpo funcional - que paga a conta, mais uma vez, por situação que não criou nem tem a menor ingerência.
 
Não dá, por ora, sequer para estimar o valor a ser distribuído.
 
Lamentável que o DEST, tão moroso, frio e distante de se manifestar sobre as demandas do BNB (passivos, isonomia, ampliação do quadro) para corrigir distorções, seja tão eficiente e ágil para dar pitaco na nossa minguada PLR, e restringí-la ainda mais. 
 
Também lamentável que o cenário político faça a "dança das cadeiras" com velocidade tal que não dá tempo conversar com um, e já é outro... 
 
O presidente do BNB, Marcos Holanda, indicação do PMDB, aguarda (em férias) ser substituído por apadrinhado do PP (Paulo Lustosa)... 
 
Enquanto isso, os funcionários deverão receber a PIOR PLR da História, inclusive em afronta às regras básicas do Acordo Coletivo, do qual o BNB também é signatário.