O Sindicato dos Bancários do RN realizou manifestação na manhã desta sexta-feira, 10 de junho, passando pelo BB da Rio Branco, Caixa da João Pessoa e BB da Prudente. O Ato denunciou os ataques dos governos Dilma e Temer e conclamou a classe trabalhadora a construir a greve geral. Estiveram presentes os diretores Wellington Medeiros, Eduardo Xavier, Berinho Paiva, Letto Luis e José Xavier.
Veja abaixo a íntegra da nota que foi distribuída:
Fora Temer! Fora Todos! Greve geral por um governo dos trabalhadores!
O Brasil nunca viveu uma recessão tão profunda, com a economia despedaçada, mais de 11 milhões de desempregados e dívidas por todos os lados, tirando o sono dos trabalhadores. A inflação está nas alturas, assim como os impostos, e não há retorno para a população, que é vítima do caos na saúde, com hospitais lotados, falta de remédio e até de vacinas. Na educação, programas como o FIES e Pronatec foram reduzidos a menos da metade. A dívida pública passa dos R$ 3 trilhões e, enquanto são os trabalhadores a pagar pela crise, a corrupção segue a toda velocidade, atingindo todos os partidos no poder, como mostrou a recente lista de propinas da Odebrecht. Além de corruptos, seguem em festa os banqueiros, cujos lucros seguem bilionários e crescendo.
Toda esta triste realidade, em que sofrem os mais pobres, com privatizações avançando, desmonte dos serviços públicos e retirada de direitos de desempregados, pensionistas, aposentados e trabalhadores da ativa ocorreu sob o governo Dilma, e não precisou de Temer para nos atingir. Por isso, a ampla maioria da população queria a queda de Dilma e saudou seu afastamento. Mas mudou o governo, mas seguem as mesmas ameaças e necessidade de lutar. Agora, é Temer quem precisa ser derrubado.
Como vice de Dilma e seu aliado até ontem, Temer tomou posse anunciando as mesmas medidas que ela tentou mas não conseguiu aprovar: mais privatizações (dos bancos públicos, inclusive), entrega da Petrobrás e retirada de direitos por meio de reformas da Previdência e trabalhista. Há urgência em lutar e impedir estes ataques de Temer. E, para que, de fato, as mobilizações contra os ataques e pelo Fora Temer possam unificar a classe trabalhadora, é preciso que as lutas não se transformem em palanques pela volta de Dilma.
Não queremos nem um nem outro. E a classe trabalhadora deixa isso claro, ao apenas 11% apoiar o governo Temer, assim como 54,8% das pessoas entende que Dilma e Temer são iguais. Por isso, é preciso uma outra saída, que seja construída pela própria classe trabalhadora. Que afirme que eles são todos iguais. Pelo Fora Temer. Que Dilma não volte. Fora Todos!
Esta saída só pode avançar se ocorrer nas ruas, por meio da construção de uma Greve Geral. O SEEB-RN defende eleições gerais, mas com regras completamente diferentes das atuais, que fazem das eleições, hoje em dia, um jogo de cartas marcadas. A saída que defendemos é através de programa de ruptura com tudo que aí está, por um governo dos trabalhadores. Neste sentido, propomos a constituição de um comitê pelo Fora Temer, Fora Todos, onde o conjunto dos explorados possa se organizar e dar uma saída pela esquerda à situação que vivemos.
