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Sindicatos tentam barrar projeto que massacra Fundo Estadual de Previdência

01/08/16

O Sindicato dos Bancários do RN esteve presente na Assembleia Legislativa do RN apoiando o Fórum dos Servidores Estaduais na luta contra o sepultamento do Fundo de Previdência Estadual. A tentativa dos sindicatos que compõem o Fórum era suspender a votação, uma vez que, dado o pedido de urgência e o clima de terror que paira sobre o RN foi praticamente impossível mobilizar os servidores para barrar de vez o projeto.

O projeto de lei que está sendo proposto pelo governo RN, que poderá acabar com os últimos recursos da previdência. O governador Robinson Faria, junto de seus deputados aliados, quer raspar o tacho do Funfir.

Essa novela começou em dezembro de 2014, ainda no governo Rosalba, quando os deputados aprovaram um projeto que fundia os fundos previdenciário e financeiro. O projeto autorizou o governo a sacar mês a mês os cerca de 1 bilhão de reais guardados na previdência estadual ao longo de 10 anos.

O dinheiro serviu para maquiar a real situação financeira do Estado ao garantir o pagamento dos servidores do funcionalismo em 2015. Mas em menos de dois anos o dinheiro quase que acabou. Pouco restou no Funfir e desde janeiro deste ano os servidores já amargaram atrasos no pagamento que chegam a dez dias.

O objetivo dos sindicatos que compõem o Fórum é tentar impedir a votação do projeto do governador que pede a utilização dos recursos do Funfir.

“O objetivo é evitar que o governo atropele de vez a previdência. Estamos fazendo um apelo aos parlamentares, precisamos dialogar para evitar o desmantelamento de vez da previdência dos servidores do estado, que já está bem aprofundado”, relatou Santino Arruda, coordenador do Sinai, um dos sindicatos que compõem o Fórum.

A situação dos trabalhadores aposentados é a grande preocupação do coordenador do Sindsaúde, Manoel Egídio. “É o futuro dos trabalhadores, já não se tem aposentadoria digna, não tem condições de trabalho, não se tem salário digno e ainda mais quando se aposentar não ter como receber... Porque esse é o futuro, não temos garantias nenhuma de que vai haver recursos para aposentadoria”, declarou Egídio.