Apesar dos banqueiros insistirem na desculpa da “crise”, os números provam que para o setor financeiro a crise não existe. Nos últimos 12 meses, o lucro dos bancos é superior ao de todos os outros setores juntos! Segundo o investidor independente Tiago Guitián Reis, a alta concentração do setor financeiro prejudica a recuperação econômica do Brasil. Em entrevista para o portal InfoMoney, Reis afirma que o fato do segmento ser tão concentrado em três empresas, Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, faz com que haja uma espécie de oligopólio, muito prejudicial ao consumidor e à economia em geral.
O investidor explica que por não existir muita concorrência, os banqueiros fazem o que bem entendem, aumentando e criando tarifas quando o cenário fica mais “apertado”, o que os ajuda a preservar seus lucros, enquanto outras empresas acabam sendo muito mais afetadas.
Sabemos que “o lucro acima de tudo” é o mantra dos banqueiros. Insistindo em passar por cima até mesmo dos clientes, continuando com as demissões, sobrecarregando os bancários que permanecem nas agências com metas inalcançáveis, e menos postos de trabalho para atender toda a população. Mas a prova de que há a possibilidade de contratar mais, e atender ao pedido de reajuste salarial da categoria está nos números, que nunca mentem! E nesta sexta-feira (09/09), haverá mais uma rodada de negociações com a Fenaban. E já avisamos: a greve vai continuar até que nossas reinvindicações sejam atendidas! NÃO ACEITAREMOS MIGALHAS!!
Fortalecer a greve é preciso
No terceiro dia da greve (08/09), bancários se reuniram em frente aos bancos para o segundo dia de luta da categoria. Em Natal, alguns clientes ainda demonstravam desconhecimento sobre a Greve, principalmente em relação a depósitos, pois somente algumas agências estão aceitando este tipo de serviço.
É importante lembrar que Greve é parar a produção, e não continuar gerando lucro para os bancos. Há relatos de fura-greve em diversas agências da capital. Isso é um desrespeito ao que foi decidido na primeira assembleia geral que, por unanimidade aprovou a paralisação da categoria. Estamos de olho!