Chegamos ao 29º dia de paralisação nesta terça-feira (04/10), ainda sem novas negociações, o que faz desta greve uma das maiores da história. Em Natal, o período de eleições e o feriado municipal foram utilizados para a retirada dos adesivos da greve, como foi visto nas agências do HSBC, Itaú e Bradesco da av. Prudente de Morais, em mais uma tentativa de enfraquecer o movimento da categoria. A simples retirada dos adesivos não nos intimida, pois os mesmos já foram colados novamente.
Nesse momento em que a greve está prestes a completar um mês, os clientes fazem de tudo para pressionar os bancários nas comissões de esclarecimento. Muitos deles precisam utilizar serviços que não conseguem executar nos caixas de autoatendimento. Foi por isso que na reunião com o Procon foi acordado que as agências disponibilizem um funcionário para orientar os clientes. Porém, algumas agências do Banco do Brasil não estão cumprindo com o acordo, como é o caso do BB da Av. Amintas Barros. Na agência, a telefonista foi designada para ajudar e também fazer o papel de escriturária, porém ela apenas faz a ponte entre os clientes e o gerente, sem permanecer no salão. Enquanto isso, o gerente fica em seu escritório, pois é mais lucrativo para o banqueiro fazer negócios do que atender a população.
A hora é de unir forças, tentar convencer os colegas que insistem na greve do pijama, e aqueles que ainda não consideram a greve como a voz dos trabalhadores, pois enquanto o banco estiver fazendo negócio, a categoria vai perder poder de negociação na mesa.