Todos à assembleia, rejeitar e fortalecer a greve
06/10/16
A Fenaban apresentou na negociação desta quarta-feira, 5, a seguinte proposta :
Reajuste de 8% em 2016
Abono de R$ 3500
Reajuste de 15% no Vale Alimentação
Reajuste de 10% no Vale Refeição
Reajuste de 10% no auxílio creche-babá
Reajuste pelo INPC + 1% de aumento real em 2017
Abono total dos dias parados
Acordo com validade de 2 anos
Principais problemas da Proposta FENABAN
1. O principal problema é aceitar um acordo com validade de 2 anos. Isso permitiria aos banqueiros e ao governo, por exemplo, aplicar com mais facilidade os planos de terceirização, reestruturações, privatizações, demissões e PDV's. Em um cenário de altos lucros e rentabilidade do setor financeiro significaria também abrir mão por dois anos de buscar conquistas para categoria.
2. Indice não repõe nem a inflação do período que é de 9,62%. Um reajuste abaixo da inflação significa uma redução real nos salários que já estão achatados. Além disso, com a volta do abono os bancos querem economizar com FGTS, INSS, 13º, férias. Além de reduzir ainda mais as contribuições às caixas de assistência, planos de saúde e de previdência complementar que estão baseadas no salário.
E agora? O que fazer?
A FENABAN tentou impor a compensação obrigatória dos dias parados. Agora ameaça descontar os dias parados caso as propostas não sejam aceitas nas assembleias desta quinta-feira. A discussão dos dias parados surge para encobrir o ataque do acordo bienal e do indice rebaixado.
Temos que convocar os grevistas que são em maior número para na assembleia rejeitar a proposta da FENABAN.
Nunca chegamos a uma greve tão longa com um nível alto de mobilização e adesão e temos condições de dobrar a intransigência dos patrões especialmente nos bancos públicos.