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Esclarecimento sobre piquetes na Gigov e Gihab

06/10/16

Erramos

Quando da matéria referente à greve na Gigov e Gihab, erramos ao identificar o colega Glauco como sendo responsável por parte das atitudes reprováveis havidas contra o piquete, realizado por colegas da Caixa, que estavam nestas unidades lutando por todos. Glauco não teve nada a ver com qualquer dos problemas que existiram, e, mais uma vez, lhe pedimos desculpas e reconhecemos o erro que cometemos ao citar erroneamente o seu nome.

O piquete é a arma da greve e quem luta por todos deve ser respeitado

Nestas mesmas unidades (Gigov e Gihab), neste mesmo dia do piquete (3ª-feira, dia 27/09) e nos dias anteriores, em especial no dia 26/09, ocorreram fatos que não podem mais se repetir. Além de haver colegas furando a greve na unidade, incluindo todos os gestores e alguns outros colegas, a unidade foi utilizada como ponto de recepção de fura-greves de outras agências e da SR. Isto é gravíssimo! Abrir as portas das unidades, para que colegas de outros locais furassem o movimento, ajuda ao patrão, aos banqueiros e ao governo. Com uma das maiores greves da História, é este tipo de atitude que joga contra toda a categoria, e, compreensivelmente, incomoda quem está lutando por todos, e ainda é desrespeitado por este tipo de manobra. Este gesto foi a causa e o início do que ocorreu nas unidades.
Como resposta, foi montado um piquete nas unidades no dia seguinte, a 3ª-feira. O piquete, que tem sido respeitado e conseguiu estabelecer acordos razoáveis em quase todas as agências de Natal, inclusive na Superintendência, no entanto, não foi respeitado na Gihab e Gigov. Em outra manobra bastante reprovável, colegas furaram a greve entrando pela porta dos fundos, incluindo, novamente, funcionários que nem eram destas unidades. Tudo de novo! Assim como terceirizados e pessoas que não são funcionários foram introduzidos nas unidades, outra vez desrespeitando a greve.
Neste contexto, de várias atitudes opostas à luta coletiva, e de ânimos exaltados, chamamos a atenção para o fato de que, ao ingressar na unidade, sem dialogar com a colega do piquete, o colega Roberto acabou abrindo a porta da entrada, ao mesmo tempo em que uma piqueteira estava com a mão nesta porta, fazendo com que a porta batesse no braço da colega. O colega agiu errado em entrar na unidade sem dialogar com o piquete, de modo abrupto, e, mesmo que involuntariamente, a porta arranhou a colega. Em outras ocasiões, o colega Célio, repetidamente, colocou para dentro da unidade pessoas que não faziam parte da negociação relativa à contigência da greve. Além de simplesmente ingressar na unidade sem qualquer diálogo com o piquete, pela manhã; e de ter provocado e desrespeitado as piqueteiras, com ironias ao longo do dia.
Estes gestos desmoralizam a greve, nossa luta, nossa pauta de reivindicações, as deliberações de assembleias, e os colegas que se dignam a sair de casa cedo, abrir mão de bater ponto ou de desfrutar de lazer. As piqueteiras estavam lá lutando por todos! Inclusive cumprindo uma missão a que poucos se dispõem. Por isso, qualquer desrespeito ou provocações nunca poderia ser admitido. E não foi. No dia seguinte aos incidentes, na 4ª-feira, o piquete foi ainda mais duro! E, dali em diante, houve um acordo e uma negociação, com um piquete nos moldes do que em todas as agências vem ocorrendo, o que sempre poderia ter existido, não fosse o desrespeito ao piquete em seu 1º dia, na 3ª-feira, 27/09.
Nenhum dos dois colegas citados agrediu deliberadamente a ninguém. Temos certeza que essa não foi a intenção de nenhum deles. Neste sentido, foi equivocada a forma como foram divulgados os fatos ocorridos, na 1ª versão do jornal da greve, ao sugerir ter havido o contrário. Por outro lado, o piquete é uma ação extrema, da qual se valem os trabalhadores que não veem outra alternativa para manter nossos direitos, condições de trabalho e nível de vida, que não seja a luta! Tratar o piquete e os colegas que dele fazem parte, ainda mais quando são mulheres, com respeito e consideração é o mínimo que se exige. Lamentamos que os colegas não tiveram a calma e a paciência de travar um diálogo claro e maduro acerca do papel de cada um nesse movimento, bem como não tenham cumprido o acordado com seus gestores. Uma lição que tiramos de tudo isso é que, neste momento, devemos levar em conta o coletivo, pois posturas individuais não fortalecem o movimento, além de gerar divisões internas.
Os bancários da Gigov e da Gihab sempre foram muito valiosos e, em grande maioria, espontaneamente estão em greve. Esperamos que todos sigamos juntos e cada vez mais fortes, pois todos estamos do mesmo lado.