Nesta quarta-feira (24/05), a Caixa Econômica Federal anunciou lucro líquido de R$1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2017, registrando crescimento de 81,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação com os últimos três meses de 2016, houve um crescimento de 115,3%, e o resultado recorrente que é baseado na venda de produtos e serviços pagos mensalmente, totalizou lucro de R$1,7 bilhão, 49,6% maior que no primeiro trimestre de 2016.
Segundo o banco, todo esse aumento foi resultado das receitas com operações de crédito, diminuição das despesas operacionais e de captação de recursos, aumento nas receitas com prestação de serviços, e controle das despesas com pessoal, administrativas e operacionais.
O lucro da Caixa é fruto do trabalho dos bancários que estão na linha de frente nas agências, mas que ao final do ano recebe migalhas na Participação dos Lucros ou Resultados. Em janeiro, a Caixa anunciou seu Plano de Demissão Voluntária (PDV) como parte do seu projeto de reestruturação, com o intuito de colocar para fora cerca de 10 mil trabalhadores.
O banco também anunciou que não fará novas contratações para substituir os funcionários desligados, nem mesmo contratar os aprovados do último concurso realizado em 2014. Também existe o risco da Caixa perder a gestão dos recursos do FGTS, que seria repassada para os bancos privados. Atualmente o saldo atual é de aproximadamente R$400 bilhões, o que corresponde a 40% do lucro líquido da Caixa, na forma de tarifas e serviços, já que o Governo remunera o banco pela administração desse fundo. Sem esta verba, a Caixa reduzirá ainda mais o quadro de funcionários, agências serão fechadas, com perda de postos de trabalhos e resultando na precarização do atendimento para os clientes.