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A comemoração é o combustível da luta

12/09/17

O Sindicato dos Bancários do RN chega aos 80 anos repleto de lutas e conquistas. Fortalecido com mais de três mil filiados, possui um amplo patrimônio e segue incansável nas lutas da categoria bancária e da classe trabalhadora por uma sociedade igualitária e por transformações sociais.
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Rio Grande do Norte foi fundado cinco anos após a primeira greve da categoria bancária, iniciada em 18 de abril de 1932, na cidade de Santos, em São Paulo, e desde sua origem, a Entidade já demonstrou sua capacidade de lutar. Fundado em 16 de setembro de 1937, durante o governo Getúlio Vargas, e dentro dos moldes assistencialistas estabelecidos à época, a Entidade respondeu a necessidades da participação cada vez maior dos trabalhadores na vida econômica, social e política do país. Isso se refletiu em trabalho e colocou o Sindicato em lugar de destaque nas lutas do Estado pela conquista de direitos. 
 
Um período nebuloso
O golpe civil-militar de 1964, no entanto, representou um grande baque na estrutura da instituição. Uma intervenção orientada pelos militares forçou um período nebuloso na nossa história de luta. Houve a prisão do então presidente, José Campelo Filho, que hoje nomeia o auditório da categoria, e ainda tivemos quase 20 anos de uma anestesia retumbante. O gelo só foi quebrado, coincidentemente, a partir da abertura política do país. No início dos anos 80, os trabalhadores tomaram, novamente, o Sindicato, tendo como presidente o bancário Horácio Paiva, que passou a contribuir diretamente para a reorganização do movimento sindical brasileiro.
O Sindicato dos Bancários do RN sempre esteve na vanguarda das lutas da categoria. Participou das lutas das Centrais Sindicais como CGT e CUT e da fundação da CSP-Conlutas, nos anos 2000, quando a categoria se sentiu traída pelos dirigentes do movimento, a Contraf CUT.
Atualmente a classe trabalhadora tem uma batalha extremamente difícil. Ataques neoliberais, comandados por um Governo que só tem compromisso com o capital especulativo. Este ano, esse jovem ancião vê uma luta da qual não se furtará em participar. Se nem a escuridão dos tempos da ditadura foi capaz de calar esta Entidade, não será um governo mercenário e sem foco no social que o fará. Parabéns à categoria por ter uma instrumento de luta combativo, pois só a luta muda a vida!