ANIPA sai em defesa da Funcef
18/09/17
Caros colegas e associados
Desde o começo desta luta e da criação da ANIPA, avisamos que a luta seria longa e árdua. Creio que esses adjetivos figuraram nas nossas comunicações o tempo todo.
É hora de refrescar a memória de todos: avisamos, sim, desde o início que não seria fácil, que enfrentamos forças e interesses poderosos e que a nossa saída seria pela Justiça e isso a ANIPA fez e temos uma ação civil pública cuja construção foi pensada e executada de forma a questionar o primeiro equacionamento e os que viessem pela frente.
Também não é novidade que os anos de 2015 e 2016 apresentariam deficit e que teríamos mais equacionamentos. E, talvez, 2017 apresente a necessidade de mais outro. A Justiça, lamentavelmente, não tem o tempo das nossas necessidades e dos nossos medos.
Acho que é hora de colocarmos os pés no chão. A ANIPA não tem poder de polícia ou de investigação. Nenhum de nós, individualmente, temos esses poderes.
Como enfrentar Governo, CAIXA, FUNCEF, empreiteiros, banqueiros e partidos políticos, sem uma organização mínima? Foi isso que nos levou a criar a ANIPA. Foi isso que levou os Não Saldados, muito antes de nós, a criar uma ANBERR. Sem um CNPJ e uma estrutura mínima, como ajuizar uma ação civil pública, em nome de 4800 pessoas, com o menor risco de sucumbência possível, questionando investimentos desastrosos que não saem da casa dos bilhões?
Quem, individualmente, com seu CPF, conseguiria ajuizar uma ação dessa magnitude e ter uma liminar, como obtivemos alguns dias depois do ajuzamento em junho de 2016?
Quantos se deram ao trabalho de entrar na área exclusiva do associado e ler a íntegra da ação civil da ANIPA e constatar que aquela peça não foi produzida por amadores?
Vamos colocar a cabeça no lugar, apesar da situação difícil. Nossa liminar permanece cassada e sem julgamento. O Escritório Santoro faz diligências junto ao desembargador que não julga o recurso da ANIPA para suspender a contribuição extraordinária TEMPORARIAMENTE, ATÉ que sejam apuradas as responsabilidades pelo rombo na FUNCEF.
Por outro lado, temos a AEA/PR e a APCEF/PR, com a mesma ação ajuizada, com a sua liminar em vigor, depois de quase um ano do ajuizamento da ação das duas entidades e pelo mesmo Escritório Santoro.
Neste processo, que será longo e árduo, em que lutamos contra forças poderosas, contra um indicativo de privatização de estatais ou de encolhimento dessas e na direção de reduzir ou eliminar passivos de longo prazo, os únicos que não podem perder a lucidez são as direções das entidades e os advogados dessas.
Aproveito o momento para dizer aos colegas que releiam nossa proposta no nosso site, nos links QUEM SOMOS, ESTATUTO e ASSOCIE-SE, para entender que continuamos trabalhando com a mesma seriedade e responsabilidade.
E se não se sentirem representados pelo nosso trabalho, fiquem à vontade para busca outra entidade. Leiam o Estatuto e verifiquem o artigo que trata da desfiliação e decidam por outras entidades que possam melhor representar os seus anseios.
Um bom dia a todos e sem revisão do texto acima.
Lia Menezes
14/09/2017